segunda-feira, 28 de julho de 2014

MATERIAL DE ESTUDO 2º ANO EM - AS POPULAÇÕES E O ESPAÇO GEOGRÁFICO


As populações e o espaço geográfico



Quando nos referimos às coletividades humanas, usamos diversas palavras. Ao mencionar a palavra população (humana), o sentido imediato é quantitativo: população quer dizer volume de pessoas; em julho de 2009, população mundial significava 6,8 bilhões de pessoas.

O estudo quantitativo das populações é uma das atribuições da demografia, mas ao relacionar as populações ao espaço onde elas se distribuem, na verdade onde elas se concentram, entramos no horizonte da Geografia das Populações. Os grupos humanos não são apenas volumes estatísticos. É bom não esquecer a complexidade que cerca a vida humana no planeta e não há resposta fácil às perguntas quantitativas. Por exemplo: Quantos habitantes você acredita que há no mundo hoje? Você considera esta quantidade grande ou pequena? Por quê? Em sua opinião, qual deveria ser a população ideal do mundo? Nenhuma dessas respostas pode prescindir (recusar) de análises de situações que envolvam diversas variáveis; em especial, é preciso uma resposta que articule população e espaço geográfico.

Nas grandes cidades, os congestionamentos de automóveis, as filas nas quais pessoas aguardam um serviço, o número elevado de desempregados e a multiplicação do número de moradias precárias são problemas sociais dos quais já tomamos conhecimento e assim, percebemos a presença comum de um elemento quantitativo:

- congestionamento – volume elevado de automóveis;
- fila – uma espécie de congestionamento de pessoas;
- número elevado;
- multiplicação.
E aqui é provável que surja um poderoso senso comum: esses problemas teriam como razão fundamental o fato de que há “muita gente no mundo” ou algumas alternativas parecidas como “muita gente na cidade”, “os pobres têm muitos filhos” etc. Levamos muito a sério o senso comum que os problemas se devem à existência de “muita gente no mundo”. E é compreensível que assim o seja, em especial no mundo contemporâneo. Afinal, as sociedades modernas se caracterizam pela existência de grandes grupos populacionais vivendo juntos, nas mais simples práticas cotidianas. É só observar os índices de freqüência nas praças esportivas de futebol, por exemplo: números como 80 mil pessoas ou mais são freqüentes.

Problematizando: há muita gente no mundo?


- Referências para medir, para quantificar: Qual a referência para afirmar que há muita gente, ou que havia pouca gente no mundo? Gente demais é uma medida que deve se relacionar a algo, o que não parece acontecer quando se enuncia esse senso comum. Logo, a afirmação “há gente demais no mundo” só terá força de fato se houver relações a se estabelecer.

- O combate à mortalidade: o Rei Henrique VIII, da Inglaterra, que viveu entre 1491 e 1547, teve seis filhos com Catarina de Aragão. Apenas uma menina sobreviveu à primeira infância. Isso com um rei todo-poderoso. O grande problema eram as doenças infectocontagiosas, que hoje se sabe combater. Logo, o controle das doenças é um fator de crescimento populacional. Resolvemos um problema que ameaçava a humanidade e essa resolução gerou outros problemas agora relacionados ao excesso de gente. Faz sentido?

- Desigualdade na distribuição populacional: a distribuição da população é desigual no interior dos blocos continentais. Há grandes vazios populacionais. Então, há um número elevado de pessoas nos locais de concentração, por exemplo, nas grandes cidades. Um bom exemplo é a cidade de Tóquio, a maior delas: nenhuma outra metrópole do mundo consegue tanta eficiência na circulação de sua população e nela há o maior volume de gente concentrada.

- População e desenvolvimento social: no Paquistão, o adensamento populacional (número de habitantes por km2) é de 227 hab./km2. Já na Holanda essa densidade é de 409 hab./km2. Logo, tendo em vista esse resultado a Holanda é mais povoada. Tem mais gente proporcionalmente ao tamanho do seu território. No entanto, qualquer que seja a comparação entre índices que medem qualidade de vida, a Holanda leva vantagem. Assim, o número menor de habitantes por km2 não parece aqui, ser a questão decisiva.

A esses exemplos de problematização podem ser acrescentados outros. O que será necessário para que afirmações sobre a população mundial façam sentido? Afinal, podemos medir a população sob múltiplos aspectos, mas que conclusões podem ser tiradas dessas medidas?

A população mundial está concentrada em alguns pontos, e não dispersa pelo planeta. E isso pode ser detectado já no início da era cristã e muitos desses principais centros de povoamento são os mesmos de antigamente. Se há gente demais no mundo e isso causaria problemas, não parece haver uma contradição enorme e de fundo com um dado da Geografia das populações: o modo de o ser humano viver é se concentrando, aglomerando-se?

O ser humano busca viver em meio a muita gente. Tanto é assim, que se constroem centros de grande concentração – eliminando a distância geográfica – que nada mais são do que as cidades, as grandes cidades especialmente. Agora se encontrou um parâmetro, uma referência, para avançar na discussão sobre a população ideal do mundo?

Seguramente encontrou-se uma lógica na forma de produção e organização dos espaços humanos: os seres humanos vivem juntos, concentram-se preferencialmente. Espalhar-se, criar distâncias entre seus membros, não foi e não é a lógica dominante de vida entre as populações humanas. Pelo menos, desde o período Neolítico da história humana. Nós formamos centros de densidade demográfica que são parâmetros para discutir medidas de população: a densidade demográfica relaciona volume populacional e extensão territorial. Agora estamos em um dos caminhos para dar sentido aos números populacionais. Esse caminho relaciona população e espaço geográfico. Há muito que discutir a respeito dessa relação, em especial sobre a escolha do ser humano em viver aglomerado. Porém, essa não é a única referência para discutir a dimensão de um país e outros números populacionais.


As referências geográficas e econômicas da demografia

A demografia não vale por si só. Saber quais são os volumes populacionais e suas dinâmicas (o ritmo de seu crescimento, índices de natalidade e mortalidade, estrutura de idades – envelhecimento e rejuvenescimento) são informações sem dúvida muito importantes. Mas, sozinhas, elas pouco significam.

Para lhes dar mais sentido é preciso saber as condições geográficas dos territórios onde se encontram os volumes populacionais. Por exemplo: se a população estiver em sua maioria nas cidades ou se estiver no campo, as diferenças na vida e nas condições sociais serão enormes. É preciso também conhecer as condições econômicas: é comum se encontrar casos de grandes populações mais bem protegidas, pois têm acesso à moradia, à alimentação, assim como é igualmente comum encontrar populações pequenas sofrendo enormes carências.

Nesse tema, a prioridade será trabalhar as referências concretas que dão sentido aos números populacionais: as condições dos espaços geográficos e da economia. Vale ressaltar que outras dimensões da vida humana (cultura, regime social, política) também contribuem para dar sentido aos números populacionais. E é sempre oportuno lembrar-se disso.


As relações complexas da população com o espaço geográfico

Por si só, a evolução do crescimento da população mundial tem vários aspectos que chamam muito atenção. Observe o gráfico “População mundial” da página 14 no caderno do aluno; ele mostra que há 2.400 anos a população mundial era de 250 milhões de habitantes e que após 1.900 anos (início do século XVI) essa população havia apenas dobrado (500 milhões), e que em apenas 505 anos a população mundial multiplicou-se 13 vezes, chegando ao número atual de 6.500 bilhões de habitantes. Está visível, a curva do gráfico não engana: quanto mais nos afastamos do passado mais a velocidade de crescimento populacional se acelera.

Algumas informações complementares que dão a dimensão do que tem sido o crescimento populacional no mundo:

- Somente no período entre 1980 e 1990 o número de pessoas no planeta aumentou aproximadamente 923 milhões. Esse número é bem próximo da população total do mundo inteiro na época de Thomas Robert Malthus (1766-1834), um economista sempre lembrado quando se discutem números da população. Na época, ele não via como a humanidade conseguiria se sustentar caso a população continuasse a crescer no ritmo de sua época, que era bem mais lento do que hoje;

- Nota-se facilmente que em nossa era os seres humanos se comunicam mais. Isso se deve, sem dúvida, ao desenvolvimento dos meios de comunicação. Mas além desse fato, os homens estão mais próximos uns dos outros pela singela razão de que há mais homens na superfície terrestre. Se imaginarmos os homens igualmente distribuídos sobre as “terras emersas habitáveis”, a distância entre duas pessoas há dois milênios era de 1 km. Hoje em dia, a distância seria menos de 150 metros. Uma distância ao alcance da voz (GRATALOUP, 2007);

Que relações os números da população e seu ritmo de crescimento têm com o espaço geográfico? Até aqui foram observados e discutidos dois aspectos dessa relação:

- O ser humano produz de forma dominante espaços concentrados (muita gente, muitos objetos e equipamentos, muitas edificações) e a relação população e espaço deve levar isso em conta;
- Uma maneira razoável de se captar isso é a relação entre o volume de população e a extensão territorial. E essa relação é denominada densidade demográfica.
Mas há outras relações estabelecidas entre população e espaço geográfico que devem ser consideradas para se pensar de maneira qualificada na questão das quantidades adequadas de população. Duas dessas relações básicas e imediatas, dentre muitas possibilidades, são:
- o quanto a natureza suporta: vêm do meio físico (que denominamos natureza), em especial do modo como ela se manifesta na superfície terrestre, as condições para o ser humano construir seus espaços e prover sua vida. Os recursos naturais, tal como diversos grupos sociais os usam, são inesgotáveis? Qual a “carga” de seres humanos e de seus engenhos (e modos de vida), que a natureza pode suportar, sem que surjam problemas? E mesmo que a natureza ainda possa suportar muito de nossa ação sobre ela, até que ponto se deve fazer isso, até onde é ético modificá-la? Sobre esse aspecto, muitas outras interrogações podem e devem ser adicionadas;
- quais os espaços que são habitáveis: um geógrafo do começo do século XX, Max Sorre, atualizou uma noção dos gregos antigos sobre quais são os espaços que podem ser habitados. Esses constituem, na designação dos gregos, o ecúmeno. Anecúmeno seria exatamente o contrário: áreas que não podem ser habitadas. Diante da tendência humana de se concentrar e também da extensão das terras emersas, há ainda, nesse sentido, espaço a ser habitado. Mas, existem anecúmenos? Podemos habitar os desertos quentes, como o núcleo do Saara? Ou a Antártida?
Agora dois casos específicos de relação população e espaço, como exemplo, para concluirmos. Leia os casos na página 18 do caderno do aluno. Comparando os dois casos é certo que há um distanciamento crescente a favor da Ásia tropical na produtividade agrícola. E aí um dado notável: é a Ásia, o continente mais densamente povoado, que alimenta melhor sua população enquanto a África, com frágeis densidades, experimenta dificuldades crescentes para alimentar sua população (BRUNET & DOLLFUS, 1990). Podemos afirmar que na Ásia tropical não há gente demais, embora a densidade demográfica da região seja alta, mas a população vive em melhores condições de vida em termos de alimentação. Nas chamadas sociedades desenvolvidas há mais gente nas cidades, mas ao mesmo tempo essas sociedades possuem grande produção agrícola porque no campo de alguns países desenvolvidos estão em vigência elementos do que se convencionou chamar de revolução verde (referência ao impressionante aumento da produção agrícola na segunda metade do século XX, marcado pelo uso intensivo de tecnologias – irrigação, máquinas e implementos agrícolas, fertilizantes e agrotóxicos etc. – e pela monocultura, produção intensiva de um único tipo de lavoura, redução do custo de manejo e que obtém maior produtividade com menos mão de obra).



Populações: perfil interno, desigualdades, migrações internacionais


Lembramos anteriormente que a palavra população nos remete para o quantitativo: volume de pessoas. A dinâmica do crescimento populacional e o modo como ela se distribui podem ser captados pelas técnicas estatísticas. Elas funcionam como ponto de partida para entender a vida humana no planeta, e não como ponto de chegada. Para além das medidas, há muita complexidade a ser compreendida. Para se ter dimensão do quanto há para ser compreendido, a própria estatística pode ampliar seu olhar e mergulhar em aspectos internos dos perfis da população. Outras medidas da população vinculadas à organização geográfica aprofundam nosso entendimento da Geografia das populações. Em especial, porque por esse meio podem ser identificados padrões populacionais que vão contribuir para se entender uma série de questões relevantes e difíceis na vida das sociedades contemporâneas.

Nesse tema vamos sugerir e indicar alguns caminhos possíveis para confrontar o perfil interno das populações e identificar certos padrões que estruturam as desigualdades existentes entre as populações dos países, das regiões e entre a população interna de um único país. Para abordar o tema das populações no mundo atual, um bom recurso é expor ditos muito repetidos, tratados como verdadeiros. Um exemplo comum é a afirmação de que há gente demais no mundo, o que já se discutiu levando-se em conta as variáveis presentes na relação da população com o espaço e a economia (e outras dimensões do social). Aproveitando a oportunidade desse comentário, temos mais um senso comum: o Brasil é um país jovem, por isso um país do futuro. A primeira afirmação se refere à nossa curta história após a chegada dos portugueses (500 anos). Essa nossa juventude justificaria as dificuldades socioeconômicas do Brasil. Mas, isso é bastante duvidoso visto que nos EUA, que possuem a mesma curta história, há uma realidade socioeconômica bastante distinta da brasileira. Quanto a segunda afirmação, que é a que serve para explorar a questão demográfica, o senso comum se refere ao Brasil como país jovem utilizando como referência o fato de a nossa população ter um número elevado de crianças e jovens. E isso seria algo que nos dá uma vantagem, que nos indica um futuro melhor. Pensar nesta questão, coloca-nos no centro das discussões mais importantes sobre a dinâmica das populações e sobre as questões do desenvolvimento.


As desigualdades entre as populações do mundo


Será que o perfil interno das populações dos países mais ricos se assemelha ao perfil das populações dos países mais pobres? Será que há padrões, quer dizer: países desenvolvidos teriam uma estrutura populacional própria e os menos desenvolvidos também teriam seu padrão? Observem os mapas ”Mundo: população com menos de 15 anos “ e “População com mais de 60 anos” na página 23 do caderno do aluno: eles apresentam o mesmo fenômeno, a idade das populações (estrutura etária). A diferença é que um representa a população infantil (até 15 anos) e o outro a população idosa (acima dos 60 anos). Em ambos os mapas os dados formam classes, e são números relativos (em percentual), não absolutos. O mapa é a de distribuição da população infantil no mundo e mostra visualmente as áreas de maior população contrastando com as de menor, numa seqüência ordenada. Para representar visualmente essa ordem – que vai dos que têm mais aos que têm menos – foi utilizada a seqüência de cores quentes (vermelho, laranja) para cores frias (verde). Visualmente, essa ordem não faz sentido, pois a única maneira de entender o que o mapa representa é consultando a legenda. No mapa de população idosa foram utilizadas as tonalidades de uma única cor. Onde a tonalidade é mais escura (maios intensidade de pigmentos), maior é o percentual de idosos e onde a tonalidade é mais clara, o contrário. Sem dúvida o mapa de população idosa consegue uma comunicação mais eficiente. A ordem dos dados é representada por uma ordem visual das tonalidades de uma única cor, enquanto a ordem de cores apresentada no primeiro mapa (população infantil) não é uma ordem visual natural, e sim uma escolha arbitrária, baseada na lógica das cores frias e quentes. Por exemplo: para qualquer observador, o vermelho, o laranja, o amarelo e o verde representam visualmente cores diferentes, sem dar sensação de mais ou menos intensas. Logo, não criam, juntas, uma ordem. No caso do mapa de idosos, para perceber a lógica geográfica do fenômeno representado, nem é preciso a consulta da legenda, pois o observador perceberá onde o fenômeno é mais intenso e onde o fenômeno é menos intenso. Um bom critério para resolver sobre a eficiência dos dois mapas é perguntar “qual mapa consegue responder visualmente, de forma mais rápida onde se concentram os maiores índices da população na faixa de idade representada?”

Analisando esses mapas, vocês terminam tendo uma visão correlacionada entre a distribuição da população de idosos e a população infantil e vai notar uma coincidência invertida que pode ser expressa nos enunciados: países com maior população idosa têmmenor população infantil e; países com menor população idosa têm maior população infantil. Se listarmos os países e as áreas extremas das duas situações: mais idosos e mais população infantil. O que acontece nas situações intermediárias, por exemplo, no caso do Brasil? Se o Brasil está numa posição intermediária em relação ao volume de população infantil, isso significa que ele também está numa posição intermediária à população idosa? Existem, de grosso modo, três grandes padrões no perfil populacional, em termos de idade (veja tabela na página 24 do caderno do aluno). Por exemplo, existe um padrão na Europa ocidental que está presente em vários países vizinhos e que o mesmo se dá, em alguma medida, na América do Sul. Mas os países não estão condenados a permanecer com esses padrões populacionais: os países do padrão 3 já tiveram uma situação semelhante aos de padrão 1. Aliás, na altura do século XVIII todas as populações estavam próximas ao padrão 1 (muita população infantil e baixa população idosa). O regime demográfico era marcado por fortes natalidade e mortalidade. Atualmente os países do padrão 3 são aqueles onde nascem poucas pessoas e a vida se estende bastante. Pode-se dizer que o padrão 1ao padrão 3 houve uma transição demográfica, que de certa maneira vem atingindo as populações em geral. O Brasil recentemente encontrava-se no padrão 1, mas se pode dizer que ele se encontra atualmente no padrão 2. Essa transição demográfica está em constante andamento, mas não mudam naturalmente, tanto que a situação do padrão 1 se manteve por grande parte da história humana. Mudanças na organização social têm relação direta com a transição demográfica: o progresso econômico e as ações sanitárias fizeram baixar a mortalidade e propiciaram o enorme crescimento da população mundial. Outras mudanças nas estruturas sociais (o que inclui o espaço geográfico) e no comportamento dos indivíduos serão responsáveis pela queda da natalidade que num futuro não tão distante irá estabilizar o crescimento populacional.

Dessa identificação dos padrões populacionais e de sua dinâmica (transição demográfica) é importante destacar a seguinte afirmação: os padrões populacionais não são independentes das condições sociais (econômicas, geográficas, culturais, políticas etc.). Essa constatação é um portal para se ingressar na complexidade da vida humana no planeta. Demonstrações muito conhecidas e objetivas confirmam a relação padrão populacional e condições sociais. Vamos confrontar os padrões populacionais (1, 2 e 3) com as condições apresentadas nos mapas “Esperança de vida” e “Desigualdade de renda” da página 26 do caderno do aluno que tratam da expectativa de vida no mundo e índice de desigualdade econômica respectivamente. Os países de padrão 1 estão bem em termos de expectativa de vida e de distribuição da riqueza? E o contrário, é verdadeiro? Falta pensar nas conseqüências sociais dos padrões populacionais. Até aqui se investiu em mostrar que as condições sociais interferem nos padrões populacionais. E como os padrões populacionais interferem nas condições sociais? Tendo bem sedimentado o que é o padrão 1 (uma grande parcela de população infantil em relação ao total), precisamos pensar a respeito das tarefas sociais que devem ser executadas para se conseguir boas condições sociais num “país jovem”). O mundo do padrão 1 é também aquele de pior expectativa de vida, de muitas desigualdades sociais, países e regiões pobres. Certas situações semelhantes são encontradas nos países de Padrão 2, como no caso do Brasil. Vamos ler um texto na página 27 do caderno do aluno. O envelhecimento da população também é, obviamente, uma conquista social, pois está associado ao aumento da expectativa de vida. Mas coloca uma questão importante num país como o Brasil: não sabemos conviver com esse novo fenômeno e é preciso aprender. São vários os aspectos que devem ser notados:
- o Estado brasileiro está pouco preparado, e a discussão a respeito não tem sido feita de forma realista e criativa para arcar com as obrigações financeiras das aposentadorias;
- novas estruturas precisam ser providenciadas no campo da saúde e da assistência ao idoso sem família. Elas não são baratas, mas são indispensáveis;
- as cidades devem contemplar em suas políticas urbanas uma série de serviços e meios para dar condições dignas de vida aos idosos. O espaço geográfico das cidades deve ser preparado para a plena locomoção do idoso e todos os cidadãos ganharão com isso. Eles não podem ficar confinados em suas casas e abrigos. Não podem ficar apartados da vida social e, na medida do possível, devem ter vida privada e individual;
- é preciso combater os preconceitos sociais que vitimam os idosos, que tratam a velhice como doença, como um estado de alienação e incapacidade.
Mas nosso aprendizado já começou. Em 1º. de outubro de 2003, entrou em vigor a Lei no. 10.741, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso. Somente a lei não basta, mas ajuda muito. Vamos ler o trecho inicial dessa lei na página 28 do caderno do aluno.



O impasse das migrações internacionais

Entender o povoamento de uma região implica conhecer algo muito importante na dinâmica atual: os movimentos migratórios. O ser humano não nasce, vive e morre no mesmo lugar, necessariamente. Se isso não era verdade para quase todo mundo no passado, hoje a situação se inverteu. O ser humano vem se construindo como um ser móvel (tem aumentado sua mobilidade) e, em função dessa nova condição e outras mudanças sociais, sua vida se desenvolve com outras possibilidades geográficas: ele pode nascer num lugar e viver em vários lugares diferentes: o ser humano pode migrar. Os movimentos migratórios estão na origem e formação, por exemplo, dos países das Américas. O século XX foi um período dos maiores movimentos migratórios, com esses movimentos atingindo escala mundial, o que a imigração japonesa para o Brasil exemplifica.

Atualmente, a mobilidade humana atingiu potenciais inimagináveis: pode-se ir de um extremo a outro da Terra com extrema velocidade, o que abrevia o tempo necessário para percorrer as distâncias (24 horas de vôo). E de fato, mercadorias e informações circulam em grande quantidade e cada vez mais livremente no planeta. Mas será que o mesmo pode ser dito dos seres humanos, das migrações? Vamos ler duas afirmações sobre na página 30 do caderno do aluno. A contradição fica maior se levarmos em conta que atualmente, pelo menos tecnicamente, é mais fácil imigrar, a mobilidade humana é maior, as distâncias não são mais intransponíveis etc.
Vamos analisar alguns sistemas migratórios contemporâneos na página 30 do caderno do aluno:
- o primeiro item do quadro diz respeito a uma referência geral, diz respeito à escala mundial;
- é fácil perceber e concluir que as migrações mencionadas têm uma direção social: dos países pobres para os países ricos;
- no caso dos outros grupos, o fluxo é regional (de escala regional);
- no fluxo América do Sul e Central para os EUA, há sérios problemas, pois boa parte dessa imigração é ilegal, os imigrantes correm grandes riscos para atravessar as fronteiras dos EUA e, se bem-sucedidos, continuam correndo riscos na sua futura vida.


Populações e cultura: mundo árabe e mundo islâmico


Os volumes populacionais contêm internamente uma complexidade que as estatísticas nem sempre apreendem. As características sociais dos grupos populacionais, assim como as condições econômicas, as formas de organizar e operar a partir do espaço geográfico e as práticas culturais, interferem na lógica de funcionamento das populações, inclusive no seu crescimento e distribuição geográfica. Nesta etapa vamos destacar um dos aspectos relevantes no funcionamento das populações: suas práticas culturais. O caso que servirá de ilustração refere-se ao mundo árabe e islâmico. As práticas culturais constituem-se como elementos que produzem diversidade entre as populações e diversidade nos comportamentos.

Por outro lado, olhar a dinâmica das práticas culturais, suas influências, o modo como se expandem, nos auxilia também a compreender a própria dinâmica de povoamento das várias regiões do planeta e a dinâmica das relações contemporâneas entre os povos.

Há uma série de referências geográfico-culturais para a divisão regional do globo: Mundo ocidental, Oriente Médio, Extremo Oriente, Mundo cristão, Mundo árabe e Mundo islâmico (o Islã). A intenção é delimitar mundos à parte, mundos próprios, mundos diferentes. Em geral, sobre os “outros mundos” criam-se muitas fantasias. O que vocês entendem da definição “outros mundos”? Por exemplo: Qual o tamanho do mundo cristão e como ele se construiu? Essa prática religiosa – elemento central de nossa cultura – surge no Oriente Médio e sua configuração geográfica atual é muito mais larga e expandida. Refletir sobre nossa própria realidade é um bom estímulo para refletir sobre a realidade do outro, até para perceber que o outro não é tão outro assim.

A lógica expansionista do islamismo

Observe alguns dados relativos às práticas religiosas da população mundial, comuns quando se discutem questões populacionais e alguns aspectos da lógica geográfica: há no mundo atual cerca de 2 bilhões de adeptos do cristianismo, o segmento religioso com o maior número de seguidores. Em segundo lugar, vamos encontrar o islamismo (muçulmanos ou maometanos), com 1,3 bilhões de adeptos. Depois aparecem: o hinduísmo (900 milhões), a religião tradicional chinesa (394 milhões) e o Budismo (394 milhões). Essas são as principais, mas existem muitas outras.

Que populações praticam essas principais religiões? De que países elas são? As duas maiores religiões são multinacionais (cristianismo e islamismo). São praticadas em vários países; as outras religiões são mais circunscritas a um único país (hinduísmo na Índia; tradicional chinesa na China).

É costume referir-ser ao mundo cristão e ao mundo islâmico (o Islã). Mundo é mais que país. Quer dizer: nessa realidade e nessa forma de se expressar, está embutida a idéia que o cristianismo e o islamismo são religiões expansionistas. Afinal de contas, China e Índia possuem as maiores populações e seria de se esperar que as religiões que essas populações praticam fossem as maiores do mundo. Mas não são. Perdem para aquelas religiões que são praticadas em vários países ao mesmo tempo. Seria interessante agora ver qual a distribuição geográfica do islamismo. Será que ele está bem distribuído no planeta? Os países com maiores populações islâmicas são Indonésia, Índia, Paquistão, Bangladesh, Egito, Turquia, Irã e Nigéria. Uma pequena lista dos países que possuem as maiores populações muçulmanas (página 34 do caderno do aluno), com dados divulgados pela CIA (norte-americana), pode começar a responder esta questão. Observe esta lista tendo como apoio de um atlas, para situar geograficamente os países citados.
Numa comparação com o número total de islâmicos no mundo (1,3 bilhões) nota-se que nesses oito países encontram-se aproximadamente 68% dos muçulmanos do mundo. Islâmicos e muçulmanos são designações a respeito de uma prática religiosa associada aos árabes porque a origem do islamismo ocorreu entre os povos árabes. Seu profeta foi o árabe Maomé. E foram os povos árabes que difundiram e expandiram as áreas onde se pratica o islamismo. O território habitado pelos povos árabes é o que se chama de península arábica. Esses povos, em função de sua história ao longo do tempo, construíram vários países (Arábia Saudita, Omã, Emirados Árabes Unidos, Kwait, Egito, Síria, Territórios Palestinos etc.). Houve também uma expansão dos próprios árabes para o norte da África, abrangendo o Iêmen do Sul e do Norte, Líbia, Marrocos, Tunísia. Enfim, todos são árabes, não apenas os da Arábia Saudita. Na lista dos oito países que têm mais população islâmica, apenas o Egito é um país árabe mais populoso. Os países árabes terminam não sendo muito populosos, entre outras razões, pela condição de seus territórios dominados por um grande deserto. Os árabes, na verdade, representam apenas 1/5 dos muçulmanos do mundo. Mas, o islamismo, que é criação árabe (e que em si já possui muitos elementos da cultura árabe propriamente dita), é o principal fenômeno de identidade cultural de uma vasta região que inclui o Paquistão, o Afeganistão, Bangladesh, Irã, que constituem uma espécie de Oriente Médio expandido. Isso, mais imediatamente, mas como os dados mostram, essa influência chegou ao oeste da África e ao leste asiático (Filipinas e Indonésia).
Nos territórios árabes não se encontra a maioria da população islâmica, apenas 1/5. Será então que a civilização árabe ficou menos importante no mundo islâmico? A resposta é não, muito pelo contrário. Nem tudo que é ligado aos grupos populacionais humanos depende da quantidade. O centro do Islã é ainda a civilização árabe. O território árabe e a cidade de Meca (página 36 do caderno do aluno) são as conexões geográficas para onde ainda todos vão e de onde tudo partiu. Leia o texto “Como se expandiu o islamismo” na página 38 do caderno do aluno.No mundo católico cristão também não é assim? O Brasil é o país católico mais populoso, mas não é aqui o centro principal dessa prática religiosa. O centro principal está na Itália (Vaticano).

Textos adaptados  Profa. Celina – Geografia – 8ª série

segunda-feira, 21 de julho de 2014

MATERIAL DE ESTUDO EMEN 2014 -- GEOGRAFIA, GEOPOLÍTICA E ATUALIDADES

Minha intenção é publicar matérias , reportagens, links  e também material próprio, toda matéria publicada neste blog terá fontes de referencia e bibliografia, para que você, estudante que irá realizar o Emen 2014 tenha um veículo virtual para auxilia-los nos estudos,. Então vamos aos estudos.
Confira o link abaixo antes de iniciar- matéria da Revista Veja. Copie e cole
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/raio-x-do-enem-confira-os-conteudos-mais-cobrados

Conflito no Iraque: Ataques de grupo radical islâmico reacende o perigo da guerra civil



Quando os Estados Unidos deixaram de ocupar militarmente o Iraque, em 2011, a perspectiva era a de um futuro estável para o país: havia um governo democrático recém-eleito, uma nova constituição e um exército treinado pelos militares norte-americanos.

Mas a ofensiva armada de um grupo extremista sunita que pretende derrubar o atual governo do primeiro-ministro, Nouri Al-Maliki, ameaça deixar o país em colapso. Desde janeiro deste ano, o grupo radical sunita do Estado Islâmico (que antes era chamado de Estado Islâmico no Iraque e Levante- EIIL) tem travado combates com o exército iraquiano, que não está conseguindo conter o avanço dos extremistas.
Os insurgentes já ocupam áreas no oeste e no norte do Iraque, como as importantes cidades de Mosul e Tikrit, cuja população é de maioria sunita. Mais de 500 mil pessoas foram forçadas a fugir dessas cidades e procurar refúgio. As forças rebeldes também avançaram rapidamente nas regiões que fazem fronteira com a Síria, Jordânia e Arábia Saudita e assumiram o controle de usinas de eletricidade e campos de petróleo.

Os rebeldes divulgaram imagens na internet que mostram centenas de homens deitados de bruços em trincheiras e sob a mira de fuzis. Relatos indicam que os insurgentes capturam a população com a intenção de soltar os sunitas, enquanto os xiitas são separados para a execução.

A organização não-governamental Human Rights Watch afirma que há indícios de que centenas de homens foram executados e pede que autoridades investiguem esses crimes de guerra. Para a ONG, além do massacre, os ataques podem provocar uma onda de refugiados e são uma ameaça para a segurança de milhares de mulheres.

A população iraquiana é dividida entre sunitas, xiitas e curdos. Os dois primeiros seguem linhas religiosas diferentes do Islã e o último é uma etnia que vive em uma área autônoma. Atualmente, o governo é de maioria xiita.

Em julho, os insurgentes declararam a criação de um “califado sunita” no território dominado no Iraque e no leste da vizinha Síria, país que está em guerra civil. O califado é um antigo sistema político que foi abolido em 1924, após a destituição do Império Otomano.

Segundo o porta-voz do Estado Islâmico, Abu Mohammed al-Adnani, o califado se estenderá da região de Aleppo, no norte da Síria, até Diyala, no leste do Iraque, e terá como califa (líder político e espiritual) o chefe do EEIL, Abu al-Bagdadi.

O grupo também pretende invadir a capital Bagdá para derrubar o atual governo e milícias xiitas da cidade já se preparam para um possível ataque. Além de fundar um Estado islâmico transnacional, a luta armada do EEIL teria o objetivo de governar sob as seculares leis religiosas da sharia (Lei Islâmica baseada no Alcorão, livro sagrado do Islamismo).

Adeptos do jihadismo (guerra santa islâmica), os militantes do EEIL são considerados uma dissidência da rede terrorista Al-Qaeada, responsável pelos atentados do 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos. O grupo iraquiano é responsável por uma série de ataques terroristas no país que alvejaram as forças de segurança, funcionários do governo e civis xiitas. O EEIL também atua na guerra civil da Síria, apoiando jihadistas que se infiltraram na revolta síria e lutam contra as tropas do governo de Bashar Assad.

Com esse novo cenário de instabilidade, o Iraque pode caminhar para a guerra civil e ter o risco de ser dividido entre territórios sunitas, xiitas e curdos. Além disso, grupos fundamentalistas podem ter controle dos importantes campos de petróleo do país e o processo democrático conquistado pode ser eliminado.

Como retaliação, os EUA enviaram aviões para sobrevoos de reconhecimento sobre Bagdá e afirmou que a intenção é proteger cidadãos e militares americanos na capital. Por enquanto, os norte-americanos estão estimulando uma mudança no atual governo iraquiano, para que ele seja mais inclusivo e abra espaço aos opositores na administração do país. O presidente Barack Obama ainda não autorizou bombardeios em locais tomados pelos rebeldes.
A fragilidade do governo iraquiano e a divisão entre sunitas e xiitas

A disputa por território no Iraque reflete um problema antigo do país: o conflito entre diferentes etnias e identidades religiosas e seus territórios físicos e políticos.

Os xiitas são maioria no Iraque e representam entre 60% e 65% da população. Já os sunitas representam entre 32% e 37% da população iraquiana, embora sejam maioria no mundo árabe (correspondem a mais de 85% dos muçulmanos de todo o mundo).

O governo do xiita Al-Maliki é acusado de colocar as minorias sunita e curda em uma posição de inferioridade e sem poder de participação nas decisões. Por meses, integrantes da minoria sunita têm protestado contra Maliki, o acusando de discriminação e corrupção.

Em 2013, o Iraque viveu um ano marcado por conflitos. Por um lado, militantes sunitas atacaram vizinhanças xiitas. Por outro, milícias xiitas iniciaram represálias violentas contra sunitas. Mais de 7.000 civis foram mortos em ataques violentos.

Inicialmente, as ações do EEIL ganharam o apoio de muitos sunitas do noroeste do país, que estavam insatisfeitos e desejavam retomar seu espaço político, enfraquecido desde a queda do sunita Saddam Hussein. O EEIL também se uniu a outras milícias que fazem oposição ao regime de Maliki.

Já os curdos, que vivem na província semiautônoma do Curdistão, possuem seu próprio exército e sonham com a independência. Nas últimas semanas, lideranças curdas afirmaram que farão de tudo para proteger os vilarejos do norte de ataques. Para alguns analistas, as forças de segurança curdas num contexto de guerra civil poderiam retomar a bandeira pela independência do Curdistão.

A atual fronteira do Iraque é uma consequência do Tratado Sykes-Picot, de 1916, quando o Reino Unido e a França fizeram um acordo para dividir o Oriente Médio a partir dos interesses dos dois impérios. Os limites traçados não levaram em conta o complexo sistema tribal e as identidades étnicas de curdos e árabes e as diferenças religiosas entre os xiitas e sunitas.

Antiga parte do Império Otomano e ex-colônia do Reino Unido, o Iraque se tornou independente em 1932, tendo sofrido sucessivos golpes de Estado até a chegada do partido de Saddam Husseim, o Baath, ao poder, em 1968. A política era dominada pelos sunitas desde então. Nos anos 1970 e 1980, o país viveu sob a ditadura de Husseim, que na época, era aliado dos EUA. Quando o ditador invadiu a Arábia Saudita, deu início à Guerra do Golfo.

Em 2003, o presidente norte-americano George W. Bush invadiu o Iraque novamente, sob o pretexto de que ele teria armas de destruição em massa. A invasão mudou o balanço de forças e os xiitas ascenderam ao poder, polarizando ainda mais a disputa política com os sunitas.
A influência da crise iraquiana no Oriente Médio

Para muitos analistas, o avanço do Estado Islâmico e sua influência vai impactar o Oriente Médio mais do que a Primavera Árabe. Os EUA teme que o conflito se espalhe para países vizinhos e estimule ataques terroristas de jihadistas ao Ocidente.

Milicianos ligados ao EEIL já controlam os postos da fronteira do Iraque com a Jordânia, país que tem um exército institucionalizado. Analistas avaliam que os milicianos poderiam tentar desestabilizar o país por meio de ataques terroristas.

O Irã, tradicional apoiador dos xiitas no Iraque, reforçou seu apoio ao governo de Al-Maliki e disponibilizou ajuda militar. Para analistas do Ocidente, o apoio do Irã poderia ser fundamental para equilibrar o conflito.

Vizinha do Iraque, a Arábia Saudita posicionou 30 mil soldados na divisa com a fronteira iraquiana. O rei saudita Abdullah disse à imprensa local que tomará todas as medidas necessárias para proteger seu país contra potenciais ameaças terroristas. Maior exportador de petróleo do mundo, a Arábia Saudita é uma tradicional aliada dos EUA e do Ocidente.

Na Síria, o presidente Bashar Assad atacou alguns alvos do EEIL em Raqqa e na fronteira iraquiana. O grupo Hezbollah (que é a favor de Assad) declarou que está preparado para lutar contra o EEIL.

Carolina Cunha
Da Novelo Comunicação

18/07/2014




Carolina Cunha é jornalista
Bibliografia
A Queda de Bagdá, de Jon Lee Anderson (Ed. Objetiva)
O Blog de Bagdá, de Salam Pax (Ed. Companhia das Letras)
Iraque: Plano de Guerra, de Milan Rai (Bertrand Brasil)

domingo, 30 de março de 2014

MATERIAL ESTUDO EDUCAFRO


Orientação e localização




A rosa-dos-ventos utilizada para orientação.
Para chegar a um determinado lugar pela primeira vez é preciso ter referências ou o endereço, isso no campo ou na cidade, no entanto, nem sempre temos em nossas mãos instrumentos ou informações para a orientação. Em áreas naturais como as grandes florestas, desertos e oceanos não têm placas ou endereços para informar qual caminho se deve tomar.

Nessas circunstâncias temos duas opções para nos orientar, que são pelos astros ou por instrumentos.

O primeiro tem sua utilização difundida há muito tempo, principalmente no passado quando pessoas que percorriam grandes distâncias se orientavam por meio da observação do sol, da lua ou das estrelas, apesar de que não possui a mesma precisão dos instrumentos esse tipo de recurso pode ser bem aproveitado dependendo da ocasião.

Até nos dias atuais pequenas embarcações desprovidas de equipamentos de orientação fazem o uso dos astros para se localizar e orientar. Nos grandes centros urbanos parte deles ou mesmo um conjunto de bairros são chamados de zona oeste, zona leste e assim por diante, as pessoas se orientam sem estar munidas de bússola, basta saber que o sol nasce leste para se localizar.

Já no caso da orientação por instrumentos foram criados diversos deles com objetivo de tornar o processo mais dinâmico e preciso. Dentre vários instrumentos inventados o mais utilizado é a bússola, esse corresponde a um objeto composto por uma agulha com imã que gira sobre uma rosa-dos-ventos.



Bússola

A bússola é instalada em aviões, navios e carros e motos de competição de rally, isso para manter as pessoas em sua devida direção pretendida.

Apesar da importância da bússola até os dias de hoje, existem aparelhos de orientação mais eficientes, geralmente orientados por sinais de radar ou satélites, devido a isso conseguem emitir informações de qualquer ponto da Terra, tais como altitude, distâncias, localização entre outras.

Todas as informações citadas acima referem-se a regiões um tanto quanto restritas. O planeta Terra possui uma superfície de 510 milhões de quilômetros quadrados, devido esse imenso espaço a localização se torna mais complexa, dessa forma o homem criou linhas imaginarias para facilitar a localização, os principais são os paralelos e latitudes e meridianos e as longitudes.

Os paralelos são linhas imaginarias que estão dispostas ao redor do planeta no sentido horizontal, ou seja, de leste a oeste. O paralelo principal é chamado de Linha do Equador que está situado na parte mais larga do planeta, a partir dessa linha tem origem ao hemisfério sul e o hemisfério norte. Existem outros paralelos secundários mais de grande importância como Trópico de Câncer, O Trópico de Capricórnio, o Circulo Polar Ártico e o Circulo Polar Antártico.





As latitudes são medidas em graus entre os paralelos, ou qualquer ponto do planeta até a Linha do Equador, as latitudes oscilam de 0º Linha do Equador e 90º ao norte e 90º ao sul.

Meridianos correspondem a semicircunferências imaginarias que parte de um pólo até atingir o outro. O principal meridiano é o Greenwich, esse é o único que possui um nome especifico, esse é utilizado como referência para estabelecer a divisão da Terra entre Ocidente (oeste) e Oriente (leste).






As longitudes representam o intervalo entre os meridianos ou qualquer ponto do planeta com o meridiano principal. As longitudes podem oscilar de 0º no meridiano de Greenwich até 180º a leste e a oeste.

Através do conhecimento da latitude e longitude de um lugar é possível identificar as coordenadas geográficas, que correspondem a sua localização precisa ao longo da superfície terrestre. A partir dessas informações a definição de coordenadas geográficas são medidas em graus, minutos e segundos de pontos da Terra localizadas pela latitude e longitude.
O GPS
O GPS é um sistema de localização que fornece as coordenadas geográficas e a altitude de um lugar a partir de sinais captados por satélites artificiais que giram em torno da Terra.
Esse é apenas um dos recursos que utilizam as coordenadas geográficas para a localização no espaço. Qualquer ponto da superfície terrestre pode ser localizado com exatidão com o auxílio das coordenadas.
Para isso, traçamos um conjunto de linhas imaginárias sobre mapas e globos que representam a Terra. Essas linhas, chamadas paralelos e meridianos, se cruzam formando um sistema de coordenadas geográficas. Determinando o ponto onde se cruzam o paralelo e o meridiano que passam por um lugar, podemos localizá-lo com facilidade.

Paralelos

O principal paralelo é o Equador, que divide a Terra em duas partes iguais: hemisfério norte ou setentrional e hemisfério sul ou meridional.
A partir da linha do Equador, traçada a igual distância dos pólos, traçamos os demais paralelos. Po¬demos traçar 90 paralelos no he¬misfério norte e 90 no hemisfério sul. Eles são indicados por graus de circunferência, sendo o Equador o paralelo inicial, de 0°.
Paralelos são círculos Imagi¬nários traçados paralelamente ao Equador.
Além do Equador, outros qua¬tro paralelos recebem nomes espe¬ciais; dois trópicos e dois círculos polares. No hemisfério norte, temos o círculo polar Ártico e o trópico de Câncer. No hemisfério sul, o trópico de Capricórnio e o círculo polar Antártico.
Os paralelos indicam a latitude de um lugar. Todos os lugares situados ao norte do Equador têm latitude norte (LN). Os locais que ficam ao sul dessa linha têm latitude sul (LS),
Como a Terra é representada por uma esfera, a circunferência do Equador é dividida em graus. Por isso, a latitude é medida em graus.
Latitude é a distância, medida em graus, de qual¬quer lugar da superfície terrestre ao Equador
O Equador tem 0° de latitude e é o ponto de par¬tida para calcular a latitude de um lugar. A latitude máxima é a dos pólos, que corresponde a 90° (N ou S).
Todos os pontos que se encontram ao longo de um mesmo paralelo têm a mesma latitude, isto é, es¬tão a igual distância do Equador.

Meridianos

Apenas com a latitude não é possível determinar a localização exata de um ponto na superfície terrestre. Por isso, foram criados os meridianos.
Meridianos são círculos Imaginários que cortam perpendicularmente os paralelos e vão de um pólo a outro.
O meridiano inicial, ponto de partida para a nu¬meração dos demais meridianos, é a linha que passa pela localidade de Greenwich, um subúrbio londrino. Por isso é chamado meridiano de Greenwich.
Nenhum meridiano circunda totalmente a es¬fera terrestre, Na outra face, está o meridiano opos¬to ou antimeridiano.
O antimeridiano do meridiano de Greenwich é a Linha Internacional de Data.
O meridiano de Greenwich e seu antimeri¬diano dividem a Terra em hemisfério oriental (leste) e hemisfério ocidental (oeste).
Os meridianos indicam a longitude de um lu¬gar. Todos os lugares situados à direita do meridiano de Greenwich têm longitude leste (LL) e os situados a oeste têm longitude oeste (L0).
Longitude é a distância, medida em graus, de qualquer lugar da Terra ao meridiano de Greenwich.
O meridiano de Greenwich tem 0° de longi¬tude e é o ponto de partida para calcular a longitude de um lugar. A longitude máxima é a da Linha Inter¬nacional de Data, que corresponde a 180°.
Todos os lugares atravessados por um mesmo meridiano têm a mesma longitude e estão a igual dis¬tância do meridiano de 0°.
Dessa maneira, sabendo as coordenadas geo¬gráficas, isto é, a latitude e a longitude de um lugar, podemos determinar a sua exata localização na su¬perfície da Terra.

Latitude e longitude: outras aplicações

A latitude e a longitude não são importantes apenas para determinar a localização de um ponto sobre a Terra.
A latitude ajuda a explicar as diferenças de temperatura em nosso planeta, embora outros fatores, como a altitude e a proximidade do mar, tam¬bém interfiram para que ocorram essas diferenças. De modo geral, as temperaturas aumentam dos pó¬los para o Equador.
Os paralelos delimitam as zonas da Terra:
- Tropical ou inter-tropical, localizada entre os trópicos de Câncer (23°27’de latitude norte) e de Capricórnio (23°27’ de latitude sul). Pelo fato de os raios solares incidirem quase perpendicular¬mente durante todo o ano, é a zona mais quente e mais iluminada da Terra.
- Temperadas, localizadas entre o trópico de Câncer e o círculo polar Ártico (zona temperada do Norte) e entre o trópico de Capricórnio e o cír¬culo polar Antártico (zona temperada do Sul). São zonas menos quentes e menos iluminadas que a zona tropical porque recebem raios solares mais inclinados (oblíquos).
- Polares ou glaciais, localizadas ao norte do círcu¬lo polar Ártico – 66 a 33’ de latitude norte (zona po¬lar ou glacial Ártica) — e ao sul do círculo polar Antártico - 66°33’ de latitude sul (zona polar ou glacial Antártica), Os raios solares atingem essas zonas de modo muito inclinado e somente du¬rante parte do ano, o que torna as zonas polares as mais frias e mais escuras da Terra.
A longitude é essencial para saber as diferen¬ças de horário de um lugar para outro na Terra. Es¬sas diferenças dependem da localização do lugar em relação ao meridiano de Greenwich

A sigla GPS significa Global Positioning System ou Sistema Global de Posicionamento. O GPS é um sofisticado sistema de navegação ou posicionamento global, que informa com exatidão a latitude, a longi¬tude e a altitude de um lugar.
O sistema funciona com qualquer condição de tempo. É formado por 24 satélites artificiais (sistema Navstar], colocados em órbitas de cerca de 20 000 km de altitude sobre a superfície terrestre. Essa posição permite observar pelo menos 4 satélites, 24 horas por dia, em qualquer ponto da Terra. Cada um dos satélites transmite seu número de identificação e a hora certa.
Desenvolvido a princípio por razoes militares pe¬lo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, esse sistema foi usado durante muito tempo como instru¬mento de navegação marítima. Hoje, é utilizado em várias situações.
Profissionais especializados, como engenheiros florestais, geólogos, geógrafos, biólogos, Cartógrafos e agrônomos, usam o sistema nos mapas que orientam o seu trabalho.
“OGPS está ajudando transportadoras a monitorar suas frotas de caminhões, empresas de resgate médi¬co a controlar suas ambulâncias, pilotos de rali a encontrar suas trilhas, aviões a acertar o turno e cientistas a fazer descobertas. Nos Estados Unidos, deficientes vi¬suais estão substituindo os cachorros guias por eles.”
A agricultura também é beneficiada pelo uso desse sistema: tipos de solo, pragas e doenças de plantas, pre¬juízos causados pela seca ou por enchentes podem ser detectados com grande precisão. “Os técnicos do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] usam o GPS para descobrir o verdadeiro tamanho das fazendas e definir áreas para desapropriação.” O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) faz uso desse sistema para lo¬calizar focos de incêndios criminosos ou acidentais.
Alguns fabricantes de automóveis de luxo estão colocando em seus veículos um equipamento de nave¬gação por GPS, que exibe no monitor um sistema com mapa digital das ruas. Basta dizer o endereço do local onde se quer ir que o trajeto é mostrado na teta. O GPS também tem se mostrado eficiente no combate a atividades criminosas, ajudando a localizar veículos de luxo em caso de roubo ou furto.
“Seu maior impacto, contudo, é sentido em re¬giões de dimensões gigantes e raros pontos de refe¬rência, como a selva amazônica, o mar, o céu, o deser¬to, ou o Ártico e a Antártida.”
O GPS está pondo a Terra no mapa;
Antes do uso exclusivo de militares, a tecnologia foi popularizada durante a Guerra do Golfo.
Para demarcar ou para se dirigir a um lo¬cal inabitado, você precisa de uma referência mais global e natural. E é ai que entram em cena as coordenadas geográficas, propostas e adotadas universalmente há séculos.

quinta-feira, 20 de março de 2014

MATERIAL DE APOIO 3º ANO ENSINO MÉDIO - JOÃO GOES TCC


Escolhendo o Tema

A escolha do tema não é uma tarefa tão fácil assim, mas para não gerar complicações o que deve ser feito é escolher um tema da área que você goste muito, que sinta afinidade, por exemplo, pela área que futuramente você deseja se especializar, vamos supor, se você que ser especialista em segurança da informação procure algum assunto dentro do mesmo. Pois lembre-se que vai ser meses e meses pesquisando e falando sobre assunto, agora imagine só se você não gosta tanto assim do assunto está tarefa será um tanto chata, não é mesmo?
Outro ponto que deve ser levado em consideração é acertar na escolha do assunto do TCC, o certo é apostar em temas diferentes que pouca ou nenhuma pessoa tenha falado antes. Escolha temas sobre algo que está sendo bem comentado pela rede. Por exemplo, que tal fazer pesquisa sobre segurança no Android, por ser a grande preocupação dos usuários de smartphones e tablet atualmente? Vai ser um assunto que irá contribuir bastante e que todo mundo iria se interessar.


Escolha do Parceiro

Se no caso o TCC não for individual e queria que alguém seja seu parceiro(a) nessa missão, tenha cuidado para não ter muitos estresses durante essa caminhada. Na verdade é inevitável que em algum momento você não irá se estressar com seu parceiro por algum motivo, muitas das vezes pelo próprio cansaço, as noites em claro te deixem um pouco mais sensível e com os nervos a flor da pele. Para não ter tantos problemas, escolha alguém que tenha mais próximo possível a mesma vontade, esforço, interesse e disposto a se dedicar realmente pra valer assim como você, pois caso contrario em vez de ajudar vai é atrapalhar.

Elaborando o TCC

- Comece a pesquisar sobre tudo do assunto que deseja trabalhar no mínimo um ano de antecedência mesmo que ainda você não tenha um tema final fechado e guarde todos os materiais e depois é só começar a leitura para não deixar para cima da hora.

- Pesquise por outros TCC, artigos, livros, revistas, anais, jornais, sites confiáveis, participe de palestras, congressos, workshops, simpósios. Fique por dentro das novidades, não se limite só em qualquer tipo de sites de pesquisas no Google porque empobrece o conteúdo do TCC e sim faça a diferença e deixe o conteúdo dele muito mais enriquecido. Saiba que a quantidade e a qualidade da referencia bibliográfica assim como o seu conteúdo irá refletir para banca examinadora se você estudou e pesquisou realmente sobre o assunto.

- Jamais de modo algum faça o CTRL C e CTRL V sem citar o nome do autor. Isso é considerado um crime grave para um TCC. Se coloque no lugar do autor do conteúdo que você simplesmente copiou e colou. Você iria gostar de saber que alguém fez isso e não citou seu nome?

- Abuse nas orientações, deixe seu orientador sempre a par do andamento do seu trabalho. Lembre-se quem deve procurar o orientador é você e não ele.

- Citações é sempre bem vindo. Nunca afirme nada sem embasamento teórico.

- Siga sempre as normas da ABNT, geralmente as faculdades e universidades dispõem para os alunos um manual de trabalhos acadêmicos dentre pelo qual está incluído o modelo de como elaborar o TCC seguindo as tais normas.

- Use mais o vocabulário técnico, palavras normalmente usadas em livros, artigos científicos entre outras fontes. Não repita muitas vezes a mesma palavra, pois fica feio e sem vida o contexto do assunto e dar a impressão de que você está fraco em vocabulário com isso não despertando a atenção de quem vai ler seu trabalho, use sinônimos nesse caso.

- Evite ambiguidade ao escrever e cuidado ao escrever certas palavras que você acha que significa uma coisa mas na verdade é completamente outra. Qualquer dúvida recorra ao dicionário.

- Esqueças as redes sociais durante esse tempo, mesmo sabendo que é difícil ainda mais se você for do tipo que está todo dia conferindo as novidades. Faça um esforço porque com certeza valerá a pena e a emoção será indiscutível no momento quando for receber sua nota do TCC.

- Ficar noites em claro será preciso se queres ter excelente trabalho de conclusão de curso.

- Ao terminar de escrever o TCC leia, releia, releia, releia e peça para outras pessoas lerem também. As vezes por você está vendo todos os dias e mais o cansaço acompanhado, os erros que por ventura tiverem podem passar despercebidos por você.

ESCOLHENDO O TEMA PARA O TCC

A seleção do tema dе suа monografia é o ponto principal do sucesso do seu trabalho, e deve ser tratada dе аcоrdо cоm sua importância.

Еstе é, provavelmente, o principal elemento dе um texto monográfico, já quе funciоnа como base fundadora pаrа tоdо о rеstаntе. Cоmо fоrmа dе comprovar еstа аfirmаçãо, quе pode pаrеcеr dеscаbidа, pоdеmоs lembrar quе sе vоcê nãо tiver um tema, nãо tеrá como escrever suа pesquisa monográfica, nãо poderá selecionar bibliografias, nеm quаlquеr оutrа fаsе dе escrita monográfica.

Аqui tаmbém é umа dаs maiores fontes dе еrrоs pоr parte dos alunos, quе sе comprometem indevidamente cоm а temática, sеjа prоmеtеndо mаis dо que poderão cumprir ou nеgligеnciаndо a metodologia nеcеssáriа pаrа а redação de uma monografia.

Dа mеsmа fоrmа, o primeiro cаrtãо dе visitаs para pesquisas é o título dаs mеsmаs. Vеjа como escolher o título da monografia, quе deve refletir clаrаmеntе о tema da mеsmа оu dо sеu TCC.

COMO ESCOLHER O TEMA DE MONOGRAFIAS, TCC e ARTIGOS ?

Vоcê deve considerar o tema pаrа umа monografia quе fоrnеcеrá а оpоrtunidаdе dе sintetizar suаs experiências e características pessoais dе mоdо coerente ао sе dirigir а sеu dеsеjо pаrа аlcаnçаr аs аudiênciаs específicas quе deseja cоm suаmonografia ou TCC.

Dа mеsmа fоrmа, а confiança еm um tema de monografia dеvе sеr аltаmеntе considerada.

Ао escolher um tema pаrа suа monografia, аs sеguintеs perguntas devem sеr consideradas:
Vоcê escolheu um tema pаrа suа monografia quе dеscrеvеssе аlgо dе importância еm suа vidа, е cоm а quаl você possa usar a experiência pеssоаl? Cоmо exemplo, оbsеrvе о artigo relacionado ао tema pаrаmonografia e TCC sоbrе dаdо е informação.
É um tema de monografia quе rеflеtirá о pensamento dе оutrеm? Sе а resposta fоr positiva escolha аcimа umа abordagem nova pаrа discutir еm suа monografia.
Sеu tema de monografia pоdе fornecer parágrafos cоm interessantes citações? Sе citar parágrafos cоm exemplos bibliográficos cоncrеtоs fоr аlgо vоcê nãо pоdе facilmente realizar еm suа monografia, cоnsidеrе um argumento diferente.
Existe bibliografia suficiеntе pаrа а realização dе sеu tema demonografia? Um dоs problemas mаis freqüentemente dеtеctаdоs durante a elaboração dе umа monografia оu TCC é а descoberta dе quе nãо existem fontes bibliográficas disponíveis. Um еxеmplо sеriа о artigo rеlаciоnаdо ао tema pаrа monografias е TCC sоbrе оligоtеrаpiа, quе contém umа abordagem inovadora е pоucо investigada nо mеiо acadêmico.
Vоcê еstá certo dе quе pоdе responder intеgrаlmеntе à pergunta cеntrаl dе suа monografia оu TCC? Vоcê pode prоcеssаr о sеu tema, durаntе а elaboração dе suа monografia оu TCC em todos оs pоntоs dеntrо dа limitação, оu limitações existentes?
Vоcê conseguiria prеndеr о interesse dоs lеitоrеs dеsdе о primeiro parágrafo dе suа monografia?

Suа monografia, TCC оu quаlquеr оutrо trabalho dеvе sеr interessante е mеmоrávеl. Um dоs аspеctоs mais importantes а sеr cоnsidеrаdо ао escolher о tema dе suа monografiaоu TCC é sе sеu interesse sоbrе о mеsmо é cоrrеspоndidо pоr um númеrо significativo dе pеssоаs, sеndо еstе um índicе dа qualidade da monografia.

Tеntе evitar ао máximo temas de monografias quе tratam dе dоutrinаs pоlíticаs, rеligiõеs еspеcíficаs е оpiniõеs cоntrоvеrsаs sе suа аbоrdаgеm fоr dеnеgrir аs mеsmаs. Nо еntаntо, sе vоcê cоnsеguir sеr imparcial еm suа monografia, еstеs sãо temas quе sempre atraem а atenção sоbrе monografias оu TCC. Sе vоcê apresentar um tema demonografia controverso, dеvе rеcоnhеcеr argumentos contrários sеm sоаr аrrоgаntе.

Аpós tеr avaliado o tema de monografia cоm оs critérios аcimа, vоcê dеvе tеr diversos argumentos interessantes pаrа а definição dеstе.

Оutrа questão а sеr levantada é а influência dо orientador dа monografia оu TCC nа definição do tema.

Nosso trabalho com monografias faz com que possamos definir o tema com maior clareza e facilidade, uma vez, escolhido o tema, é feito uma análise de viabilidade, para constatar se o mesmo tem referências bibliográficas suficientes para ser desenvolvido.

Consulte nossos especialistas e faça uma avaliação prévia do(s) tema(s) escolhidos para garantir um trabalho final de qualidade.


Escolha um assunto do seu interesse

O seu TCC irá mostrar a sua falta de interesse se apenas pretende terminar o seu curso e não porque quer realmente aprofundar o tema e adquirir competências sobre o mesmo.
Use o seu cérebro

Deve pensar sobre o assunto do seu TCC, antes de ser influenciado pelas autoridades da matéria. Muitas vezes é melhor primeiro formar as suas próprias opiniões e depois consultar especialistas com pesquisas comprovadas para fazer a comparação com as suas ideias. Pode então elaborar a sua análise quantitativa e qualitativa das suas pesquisas.
Use um mapa da mente

O uso de um mapa mental ou diagrama de esqueleto (mindmap) é uma maneira útil de aproveitar os pensamentos e as áreas em que está interessado, definindo a direcção da sua investigação. Num post futuro iremos ver como elaborar um mindmap.
Perguntas

O objetivo da sua pesquisa deve ser a resposta ás suas perguntas e ás dos outros. Irá propor uma discussão e irá também justificar o argumento com as metodologias de pesquisa académica.
Definir o âmbito de sua pesquisa

O resumo do TCC e a proposta de TCC devem-se concentrar nos parâmetros aos quais a pesquisa está vinculada.

Metodologias

Não se deixe atemorizar pela estatística, na realização de pesquisas quantitativas.

Existem muitos pacotes estatísticos disponíveis que podem ajudá-lo a interpretar e executar a análise estatística. O seu orientador deverá aconselhá-lo acerca de cursos de formação disponíveis, por exemplo, em SPSS. Por outro lado, tenha em conta que a pesquisa qualitativa, na forma de entrevistas com fontes primárias, talvez seja consideravelmente mais demorada do que a realização de análise quantitativa de investigação.

Definir e analisar o Calendário

Seja realista sobre o tempo que cada fase deve demorar e elabore um calendário para ajudá-lo. Isso também irá ajudá-lo a decidir sobre o tema do seu TCC.
Áreas de especialização dos seus professores

Os seus professores possuem uma especialização particular numa determinada área e admira-os por isso? Gostou das suas aulas e palestras devido ao entusiasmo que têm sobre as suas áreas de investigação? Se está entusiasmado com as suas pesquisas, eles também ficarão entusiasmados consigo. É lisonjeiro para um académico sentir que tem inspirado os seus alunos.

Escolha um assunto de fácil pesquisa


Se é difícil obter dados concretos relativos a um dado assunto, então o seu TCC pode-se tornar mais difícil, se não impossível.
Escolha um assunto em que seja necessário realizar uma investigação primária

Se houver pouco material de pesquisa sobre o assunto em que está interessado, então será um pioneiro, pois terá que executar a sua própria pesquisa quantitativa ou qualitativa. Como resultado da sua investigação inovadora, poderá ser convidado para apresentar um artigo sobre o seu trabalho, e como resultado, ser-lhe dada a oportunidade de prosseguir a sua investigação e uma carreira académica.
Que carreira pretende seguir?

Qual será a sua especialização? A sua pesquisa para a dissertação deve reflectir o seu interesse pessoal, e deve ser um espelho do seu conhecimento e interesse numa especialidade particular. Você deve escolher uma área de tema amplo para investigar e depois reduzi-la após ter realizado mais pesquisas.

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quinta-feira, 13 de março de 2014

Globalização: A nova ordem mundial


Com o fim da oposição capitalismo X socialismo, o mundo se defrontou com uma realidade marcada pela existência de um único sistema político-econômico, o capitalismo. Exceto por Cuba, China e Coréia do Norte, que ainda apresentam suas economias fundamentadas no socialismo, o capitalismo é o sistema mundial desde o início da década de 90.
À fragmentação do socialismo somaram-se as profundas transformações que já vinham afetando as principais economias capitalistas desde a segunda metade do séc. XX, resultando na chamada nova ordem mundial.
As origens dessa nova ordem estão no período imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial, no momento em que os Estados Unidos assumiram a supremacia do sistema capitalista. A supremacia dos EUA se fundamentava no segredo da arma nuclear, no uso do dólar como padrão monetário internacional, na capacidade de financiar a reconstrução dos países destruídos com a guerra e na ampliação dos investimentos das empresas transnacionais nos países subdesenvolvidos.
Durante a Segunda Guerra, os EUA atravessaram um período de crescimento econômico acelerado. Assim, quando o conflito terminou, sua economia estava dinamizada, e esse país assumia o papel de maior credor do mundo capitalista. Além disso, a conferência de Bretton Woods, que em 1944 estabeleceu as regras da economia mundial, determinou que o dólar substituiria o ouro como padrão monetário internacional.
Os EUA também financiaram a reconstrução da economia japonesa, visando criar um pólo capitalista desenvolvido na Ásia e, desse modo, também impedir o avançado socialismo no continente.
A ascensão da economia japonesa foi acompanhada de uma expansão econômica e financeira do país em direção aos seus vizinhos da Ásia, originando uma região de forte dinamismo econômico.

Aceleração econômica e tecnológica

A tecnologia desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial estabeleceu um novo padrão de desenvolvimento tecnológico, que levou à modernização e a posterior automatização da indústria. Com a automatização industrial, aceleraram-se os processos de fabricação, o que permitiu grande aumento e diversificação da produção.

O acelerado desenvolvimento tecnológico tornou o espaço cada vez mais artificializado, principalmente naqueles países onde o atrelamento da ciência à técnica era maior. A retração do meio natural e a expansão do meio técnico-científico mostraram-se como uma faceta do processo em curso, na medida que tal expansão foi assumida como modelo de desenvolvimento em praticamente todos os países.

Favorecidas pelo desenvolvimento tecnológico, particularmente a automatização da indústria, a informatização dos escritórios e a rapidez nos transportes e comunicações, as relações econômicas também se aceleraram, de modo que o capitalismo ingressou numa fase de grande desenvolvimento. A competição por mercados consumidores, por sua vez, estimulou ainda mais o avanço da tecnologia e o aumento da produção industrial, principalmente nos Estados Unidos, no Japão, nos países da União européia e nos novos países industrializados (NPI’s) originários do "mundo subdesenvolvido" da Ásia.

A internacionalização do capital

Desde que surgiu, e devido à sua essência - produzir para o mercado, objetivando o lucro e, conseqüentemente, a acumulação da riqueza - o capitalismo sempre tendeu à internacionalização, ou seja, à incorporação do maior número possível de povos ou nações ao espaço sob o seu domínio.
No princípio, a Divisão Internacional do Trabalho funcionava através do chamado pacto colonial, segundo o qual a atividade industrial era privilégio das metrópoles que vendiam seus produtos às colônias.
Agora, para escapar dos pesados encargos sociais e do pagamento dos altos salários conquistados pelos trabalhadores de seus países, as grandes empresas industriais dos países desenvolvidos optaram pela estratégia de, em vez de apenas continuarem exportando seus produtos, também produzi-los nos países subdesenvolvidos, até então importadores dos produtos industrializados que consumiam. Dessa maneira, barateando custos, graças ao emprego de mão-de-obra bem mais barata, menos encargos sociais, incentivos fiscais etc., e, assim, mantendo , ou até aumentando, lucros, puderam praticar altas taxas de investimento e acumulação.
Grandes empresas de países desenvolvidos, também conhecidas como corporações, instalaram filiais em países subdesenvolvidos, onde passaram a produzir um elenco cada vez maior de produtos.
Por produzirem seus diferentes produtos em muitos países, tais empresas ficaram consagradas como multinacionais. Nesse contexto, opera-se pois, uma profunda alteração na divisão internacional do trabalho, porquanto muitos países deixam de ser apenas fornecedores de alimentos e matérias-primas para o mercado internacional para se tornarem produtores e até exportadores de produtos industrializados. O Brasil é um bom exemplo.

A globalização

Nos anos 80, a maior parte da riqueza mundial pertencia às grandes corporações internacionais. Pôr outro lado, os Estados desenvolvidos revelaram finanças arruinadas, depois de se mostrarem incapazes de continuar atendendo às onerosas demandas da sua população: aposentadoria, amparo à velhice, assistência médica, salário-desemprego, etc. Com o esgotamento do Estado do bem-estar Social (Welfare state), o neoliberalismo ganhou prestigio e força.
Agora, a lucratividade tem de ser obtida mediante vantagens sobre a concorrência, para o que é necessário oferecer ao mercado produtos mais baratos, preferentemente de melhor qualidade. Para tanto, urge reduzir custos de produção.
Então, os avanços tecnológicos, particularmente nos transportes e comunicações, permitiram que as grandes corporações adotassem um novo procedimento - a estratégia global de fabricação - que consiste em decompor o processo produtivo e dispersar suas etapas em escala mundial, cada qual em busca de menores custos operacionais. A produção deixa de ser local para ser mundial, o que também ocorre com o consumo, uma vez que os mesmos produtos são oferecidos à venda nos mais diversos recantos do planeta. Os fluxos econômicos se intensificam extraordinariamente, promovidos sobretudo pelas grandes empresas, agora chamadas de transnacionais. A divisão internacional do trabalho fica subvertida, pois torna-se difícil identificar o lugar em que determinado artigo industrial foi produzido.
Após a derrocada do socialismo, a internacionalização do capitalismo atinge praticamente todo o planeta e se intensifica a tal ponto que merece uma denominação especial - globalização -, marcada basicamente pela mundialização da produção, da circulação e do consumo, vale dizer, de todo o ciclo de reprodução do capital. Nessas condições, a eliminação de barreiras entre as nações torna-se uma necessidade, a fim de que o capital possa fluir sem obstáculos. Daí o enfraquecimento do Estado, que perde poder face ao das grandes corporações.
O "motor" da globalização é a competitividade. Visando à obtenção de produtos competitivos no mercado, as grandes empresas financiam ou promovem pesquisa, do que resulta um acelerado avanço tecnológico. Esse avanço implica informatização de atividades e automatização da indústria, incluindo até a robotização de fábricas. Em conseqüência, o desemprego torna-se o maior problema da atual fase do capitalismo.
Embora a globalização seja mais intensa na economia, ela também ocorre na informação, na cultura, na ciência, na política e no espaço. Não se pode pensar, contudo, que a globalização tende a homogeneizar o espaço mundial. Ao contrário, ela é seletiva. Assim, enquanto muitos lugares e grupos de pessoas se globalizam, outros, ficam excluídos do processo. Por esse motivo, a globalização tende a tornar o espaço mundial cada vez mais heterogêneo. Além disso, ela tem provocado uma imensa concentração de riqueza, aumentando as diferenças entre países e, no interior de cada um deles, entre classes e segmentos sociais.
De qualquer modo, para se entender melhor o espaço de hoje, com as profundas alterações causadas pela globalização, é preciso ter presente alguns conceitos essenciais:

FÁBRICA GLOBAL - A expressão indica que a produção e o consumo se mundializaram de tal forma que cada etapa do processo produtivo é desenvolvida em um país diferente, de acordo com as vantagens e as possibilidades de lucro que oferece.

ALDEIA GLOBAL - Essa expressão reflete a existência de uma comunidade mundial integrada pela grande possibilidade de comunicação e informação. Com os diferentes sistemas de comunicação, uma pessoa pode acompanhar os acontecimentos de qualquer parte do mundo no exato momento em que ocorrem. Uma só imagem é transmitida para o mundo todo, uma só visão. Os avanço possibilitam a criação de uma opinião pública mundial. Nesse contexto de massificação da informação é que surgiu a IINTERNET, uma rede mundial de comunicação por computador que liga a quase totalidade dos países. Estima-se que, hoje, mais de 100 milhões de pessoas estejam se comunicando pela Internet. Esse sistema permite troca de informações, com a transferência de arquivos de som, imagem e texto. É possível conversar por escrito ou de viva voz, mandar fotos e até fazer compras em qualquer país conectado.

ECONOMIA MUNDO - Ao se difundir mundialmente, as empresas transnacionais romperam as fronteiras nacionais e estabeleceram uma relação de interdependência econômica com raízes muito profundas, inaugurando a chamada economia mundo.

INTERDEPENDÊNCIA - No sistema globalizado, os conceitos de conceitos descritos anteriormente envolvem a interdependência. Os países são dependentes uns dos outros, pois os governos nacionais não conseguem resolver individualmente seus principais problemas econômicos, sociais ou ambientais.
As novas questões relacionadas com a economia globalizada fazem parte de um contexto mundial, refletem os grandes problemas internacionais, e as soluções dependem de medidas que devem ser tomadas por um grande conjunto de países.

PAÍSES EMERGENTES - Alguns países, mesmo que subdesenvolvidos, são industrializados ou estão em fase de industrialização; por isso, oferecem boas oportunidades para investimentos internacionais. Entre os países emergentes destacam-se a China, a Rússia e o Brasil. Para os grandes investidores, esse grupo representa um atraente mercado consumidor, devido ao volume de sua população. Apesar disso, são países que oferecem grandes riscos, se for considerada sua instabilidade econômica ou política.
Com o objetivo de construir uma imagem atraente aos investidores, os países emergentes tentam se adequar aos padrões da economia global. Para isso, têm sempre em vista os critérios utilizados internacionalmente por quem pretende selecionar um país para receber investimentos:
cultura compatível com o desenvolvimento capitalista;

governo que administra bem os seus gastos;
disponibilidade de recursos para crescer sem inflação e sem depender excessivamente de recursos externos;
estímulo às empresas nacionais para aprimorarem sua produção;
custo da mão-de-obra adequado à competição internacional;
existência de investimentos para educar a população e reciclar os trabalhadores.

Regionalização: uma face da globalização

Aos agentes da globalização – as grandes corporações internacionais – interessa a eliminação das fronteiras nacionais, mais precisamente a remoção de qualquer entrave à livre circulação do capital. Por outro lado, ao Estado interessa defender a nacionalidade, cujo sentimento não desaparece facilmente junto à população; em muitos casos, inclusive, ele permanece forte. Por isso, embora enfraquecidos diante do poder do grande capital privado, os Estados resistem à idéia de perda do poder político sobre o seu território.

Os resultados desse jogo de interesses, face à acirrada competição internacional, é a formação de blocos, cada qual reunindo um conjunto de países, em geral, vizinhos ou próximos territorialmente. Os blocos ou alianças, constituídos por acordos ou tratados, representam pois uma forma conciliatória de atender aos interesses tanto dos países quanto da economia mundo.
A formação de blocos econômicos significa uma forma de regionalização do espaço mundial

Etapas da integração econômica

A integração de economias regionais obtém-se pela aproximação das políticas econômicas e da pertinente legislação dos países que fazem parte de uma aliança. Com isso, pretende-se criar um bloco econômico que possibilite um maior desenvolvimento para todos os membros da associação. Vejamos a seguir cada etapa do processo:
Primeira etapa: zona de livre comércio – criação de uma zona em que as mercadorias provenientes dos países membros podem circular livremente. Nessa zona, as tarifas alfandegárias são eliminadas e há flexibilidade nos padrões de produção, controle sanitário e de fronteiras.
Segunda etapa: união aduaneira – além da zona de livre comércio, essa etapa envolve a negociação de tarifas alfandegárias comuns para o comércio realizado com outros países.
Terceira etapa: mercado comum – engloba as duas fases anteriores e acrescenta a livre circulação de pessoa, serviços e capitais.
Quarta etapa: união monetária – essa fase pressupõe a existência de um mercado comum em pleno funcionamento. Consiste na coordenação das políticas econômicas dos países membros e na criação de um único banco central para emitir a moeda que será utilizada por todos.
Quinta etapa: união política – a união política engloba todas as anteriores e envolve também a unificação das políticas de relações internacionais, defesa, segurança interna e externa.

Os pólos de poder na economia globalizada

Na nova ordem mundial, a bipolaridade representada por Estados Unidos e União Soviética foram substituídas pela multipolaridade. Os pólos de poder econômico são União Européia, Nafta e Apec; os de importância secundária, Mercosul e Asean.
Apesar de a economia globalizada ser definida como multipolar, os principais dados referentes ao desempenho econômico internacional demonstram que existem três grandes pólos que lideram a economia do mundo: o bloco americano, o asiático e o europeu, que controlam mais de 80% dos investimentos mundiais.
O bloco americano, liderado pelos Estados Unidos, realiza grande parte de seus negócios na América Latina, sua tradicional área de influência: o bloco asiático, liderado pelo Japão, faz mais de 50% de seus investimentos no leste e no sudeste da Ásia: e a União européia concentra dois terços de sua atuação econômica nos países do leste europeu.
Pode-se observar, portanto, que a economia globalizada é, na verdade, tripolar. A influência econômica está nas mãos dos países que representam as sete maiores economias do mundo: Estados unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Canadá. Por sua vez, no interior desses países são principalmente as grandes empresas transnacionais que têm condições de liderar o mercado internacional.


Regionalização do Espaço mundial

A regionalização é a divisão de um grande espaço, com critérios previamente estabelecidos, em áreas menores que passam a ser chamadas de regiões. Cada região se diferencia das outras por apresentar particularidades próprias. Qualquer espaço é pode ser regionalizado, isto é redividí-lo. Um país, uma outra região, um estado. Até mesmo as cidades são divididas em regiões. Pode ser região administrativa, natural etc. No plano global o mundo também é dividido em regões. Cada continente se constitui numa região.
Mas o maior interesse na regionalização são aqueles relacionados a economia; isto porque atualmente todos os países e regiões depende um dos outros, por mais rico ou miserável que sejam, não produzindo tudo que precisam, nem consumindo tudo que produz. Mas a globalização envolve todos os campos da sociedade: política, esportes, cultura etc. Tudo é global, mundial. Pode-se dizer que qualquer evento natural ou social tem repercussão global.
As formas e os critérios de representação mais utilizados para a divisão do mundo são:
Em continentes; de acordo com os aspectos físicos ou naturais; de acordo com indicadores sociais, como a taxa de mortalidade infantil; em países ricos e pobres; de acordo com o grau ou nível de industrialização dos países; associação econômicas e sociais; cultura dos povos (religião, hábitos e costumes).
O critério de regionalização são os continentes, que não representa adequadamente a atual regionalização do mundo, pois o conceito de continente refere-se a grandes extensões de terras emersas, cercada por oceanos e mares, enquanto que, tradicionalmente os continentes correspondem às seguintes divisões: América, África, Europa, Ásia, Oceania e Antártica.
Essa forma de regionalização não retrata aspectos socioeconômicos, como renda, industrialização, tecnologia, analfabetismo e aspectos como regime político e culturais (língua e religião).
Há, portanto, diversas possibilidades de regionalização. Podemos citar algumas: países ricos e pobres; países do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul; por continentes (América, África, Ásia, Europa ou Oceania - vide mapa 1); países de cultura ocidental e de cultura oriental, e assim por diante.



Ao estudar países pobres e ricos, por exemplo, o critério adotado é o socioeconômico. Se a regionalização se basear na divisão política, o critério é, principalmente, o território de cada país e suas influências regionais ou globais. Já se levarmos em consideração aspectos como o idioma, a religião e os costumes, essa regionalização será de caráter étnico e cultural -



Mapa 2


OBS.: É importante lembrar que essas regionalizações são uma criação humana, empreendida por pesquisadores ou por pessoas que habitam o lugar. Mas há algumas dificuldades para regionalizar, já que o mundo não é homogêneo e sofre constantes transformações.

Objetivos da Regionalização:

•Garantindo o acesso às ações e serviços de saúde
• Reduzindo desigualdades sociais e territoriais
• Garantindo a integralidade na atenção à saúde
• Potencializando o processo de descentralização
• fortalecendo estados e municípios
• Racionalizando gastos e otimizando recursos
• Ampliar e qualificar o mercado de trabalho
• Dar qualidade ao produto turístico
• Ampliar o consumo turístico no mercado nacional
• Identificar um povo por cultura língua e atuações semelhantes e ideias parecidas
• Facilitar a análise do espaço geográfico, etc.



domingo, 9 de março de 2014

Relacão entre o Filme "Tempos Modernos" com Revolução Industrial

O filme mostra o trabalho repetido, só naquele processo, sem descansar, enquanto aparece um robô alimentador, para que haja economia do tempo de almoço. Carlitos sempre sonhava em se tornar uma pessoa com uma casa bonita, com comida boa, de bem com a vida e trabalhando. Isso, porém, não acontecia de maneira simples.
O filme esta relacionado com a revolução industrial, e mostra de forma cômica as condições dos trabalhadores na fabrica, eles eram submetidos a trabalharem com movimentos repetitivos, e acompanhar o ritmo da esteira, que a cada minuto o chefe mandava aumentar a velocidade para produzir mais, em pouco tempo, e com isso.

Tempos Modernos mostra também a mecanização do trabalho e a desconsideração do elemento humano. A organização era vista como uma máquina e o homem era uma peça dessa maquina . Ficou claro que a única preocupação era produzir e com isso lucrar, o ser humano era um mero instrumento de trabalho sem nenhum privilegio quiçá um bom pagamento pela forma de trabalho apresentado, que muitas vezes não dava para pagar o preço dos produtos que produziam o que sem dúvida alguma é algo bem injusto. Não estavam interessados em mão de obra qualificada e sim quantidade para que a produção fosse mais rentável. Com todos esses problemas surge o movimento sindicalista que luta por melhores condições de trabalho e salários para os operários. Começava aí uma luta de classes. O desemprego também foi bastante notório com o fechamento das fábricas, consequentemente a miséria aparecia. Vale  ressaltar que o sistema capitalista vivido até os dias atuais é uma maneira inteligente de se ter lucro,  e através de propagandas e cultura de massa transformaram nossa sociedade em uma sociedade  comunista, onde o consumo virou nodo de vida.
 Com o aumento do consumo mas industrias tiveram que produzir cada vez mais para atender os consumidores de todos os continentes, e é claro, enviar essas mercadoria para todos os cantos do planeta. Inicia-se assim a primeira fase da globalização atual, chegando ao ponto de ao invés de enviarem mercadorias, enviaram sua fabricas, conhecidas como multinacionais ou transnacionais.
O que caracteriza essa globalização atual é a internacionalização do capital, o circulação de mercadorias e informação entre todos os países do planeta, o avanço tecnológico em todos os setores da economia. Em suma, não existe fronteira para o capital, seja ele intelectual(conhecimento) ou físico (mercadorias, produtos). Além da formação de grandes blocos econômicos, mas isso é outro assunto.

Espero ter ajudado.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

SETORES DA ECONOMIA Material de Apoio 8º ano ( 7ª série)

Setores de Atividades econômicas

Em Geografia , atividades econômicas são formas de trabalho que produzem riquezas.
Na pré-história os homens caçavam, pescavam e coletavam produtos para sua sobrevivência. Aos poucos foram aprendendo a domesticar animais e a selecionar e plantar aquilo que lhes interessava. O Extrativismo e a Agropecuária foram, portanto, as primeiras formas de trabalho que geravam riquezas ou as primeiras atividades econômicas desenvolvidas pela humanidade.
A transformação da matéria- prima em produtos feitos de forma muito simplificada e individual chamado hoje de artesanato surge ainda na Antiguidade. O artesanato evoluiu para aManufatura que é a transformação da matéria-prima utilizando ferramentas simples e máquinas manuais nas chamadas oficinas da idade média. Aí já estava presente a divisão do trabalho (tarefas) e o volume de bens produzidos era bem maior. Finalmente com o surgimento das máquinas movidas á vapor, na Inglaterra no século XVIII, a humanidade entra definitivamente na era Industrial.
As atividades econômicas podem ser classificas em três setores, a saber, de acordo com suas características.
Setor Primário
 Inclui-se aí todas as formas de trabalho que produzem alimentos e  matéria- prima, como o Extrativismo (animal, vegetal e a extração mineral primitiva), a agricultura, a pecuária e a silvicultura.
Setor Secundário /
Inclui-se aí todas as atividades que transformam a matéria-prima, como a indústria, a construção civil, o extrativismo mineral de alta tecnologia e a produção de energia.
Setor TerciárioInclui-se aí as atividades que fazem circular as riquezas produzidas ou prestam serviços. São estas: comercio, transportes, administração, serviços de infraestrutura como coleta de lixo, água, energia, serviços de saúde e educação, turismo e lazer e muitos outros.
O setor primário está concentrado nas áreas rurais enquanto os setores secundários e terciários se desenvolvem basicamente nos espaços urbanos. Hoje em dia ,através da analisa da composição por setores do PIB de um lugar (país, estado etc...) e da composição por setores da população ativa ou ocupada (que trabalha de forma remunerada) é possível determinar o nível de desenvolvimento econômico deste lugar. Assim um país com grande percentual de trabalhadores no setor primário denota atraso econômico já que sua economia está concentrada nas atividades rurais

.O Setor Quaternário
“Setor quaternário é o setor da robótica, cibernética, informática”. O domínio da informação vem crescendo de importância a cada dia sendo prioritário para as grandes potências.O setor quaternário é a expansão do conceito da Hipótese dos Três Setores da Economia e abrange as atividades intelectuais da tecnologia, como geração e troca de informação, educação, pesquisa e desenvolvimento e as altas tecnologias em si, anteriormente incluídas no setor terciário como serviços. Há estudiosos que insistem em não expandir a Hipótese dos Três Setores, e, portanto, mantê-los onde estão. Entretanto, muitos discutem que já se possui dados e elementos suficientes para essa nova classificação.O setor quaternário e a populaçãoTodo país, seja subdesenvolvido ou desenvolvido, possui uma população economicamente ativa, essa parcela do contingente populacional representa todas as pessoas que trabalham ou que estão procurando emprego, são essas que produzem para o país e que integram o sistema produtivo. A população de idade ativa é dividia em: população economicamente ativa e não economicamente ativa ou mesmo inativa.No caso especifico do Brasil, a população ativa soma aproximadamente 46,7%, índice muito baixo, uma vez que o restante da população, fica à mercê do sustento dos economicamente ativos. Em diversos países o índice é superior, aproximadamente 75% atuam no setor produtivo.Atualmente, o Brasil vem atravessando muitas evoluções nos diversos setores da economia. A partir da década de 40, houve um acelerado crescimento urbano provocado pela mecanização do campo, promovendo um enorme fluxo de trabalhadores para os centros urbanos, dando origem ao fenômeno conhecido como êxodo rural. Todo esse fluxo desencadeou uma diminuição de trabalhadores inseridos no setor primário.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Presidente deposto da Ucrânia é procurado por assassinato em massa


Viktor Yanukovych é procurado por crimes contra a população. Durante três dias de confronto no país, ao menos 80 morreram

O presidente deposto da Ucrânia Viktor Yanukovych foi colocado na lista de procurados do país pelo crime de assassinato em massa, informou o ministro interino do Interior, Arsen Avakov, nesta segunda-feira (24), em seu perfil no Facebook.

Violência: Vídeo exibe cenas impressionantes de protesto nas ruas da Ucrânia
O então presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, participa de reunião com representantes da União Europeia em Kiev (11/10)

Crise: Franco-atiradores disparam em manifestantes na Ucrânia

"Um caso oficial de assassinato em massa de cidadãos pacíficos foi aberto", escreveu Avakov na rede social. "Yanukovych e outras pessoas responsáveis por isso foram declarados procurados."

Yanukovych, de 63 anos, deixou a capital Kiev de helicóptero na última sexta-feira (21) em meio à revolta contra seu regime após três dias de confrontos em que mais de 80 pessoas foram mortas. Ele estava na região pró-russa de Crimeia no domingo (22) à noite, segundo Avakov.

Rússia: país descreve protestos na Ucrânia como 'tentativa de golpe'

Uganda sanciona lei que pune homossexualidade com prisão perpétua


Para o presidente Yoweri Museveni, lei detém 'imperialismo ocidental'. Legislação antigay prevê pena mínima de 14 anos
O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, sancionou nesta segunda-feira (24) a controvérsia lei anti-gay que pune severamente a homossexualidade no país, dizendo que a medida é necessária para deter o que ele chama de “Imperialismo social” do ocidente para a promoção da homossexualidade na África.

Em dezembro: Uganda aprova projeto de lei que pune gays com prisão perpétua
Yoweri Museveni durante cúpula londrina sobre planejamento familiar, na Inglaterra (jul/2012)

EUA: Obama adverte Uganda sobre lei anti-gay

Museveni assinou a lei em sua residência oficial durante evento testemunhado por oficiais do governo, jornalistas e um time de cientistas ugandenses – cujo relatório conclui que não há nenhuma base genética comprovada para a homossexualidade – citada pela autoridade ao aprovar a lei.

“Nós, africanos, nunca procuramos impor nosso ponto de vista sobre os outros. Eles poderiam nos deixar em paz”, ele disse, falando sobre a pressão ocidental para não assinar a medida. “Nós temos ficado desapontados por muito tempo pela conduta do Ocidente. Existe agora uma tentativa de imperialismo social”.

Sem citar nomes, o presidente acusou “arrogantes e negligentes grupos ocidentais” de tentarem recrutar as crianças de Uganda a homossexualidade, instigando a pressão local sobre a lei. Um porta-voz do governo disse que, com a medida, o presidente reafirmou a "independência de Uganda em relação à pressão ocidental".

A nova lei sentencia réus-primários a 14 anos de prisão, com chance de prisão perpétua como pena máxima por atos de "homossexualidade agravada", que abrange tanto a prática sexual entre adultos do mesmo sexo quanto por menores de idade, deficientes físicos ou ainda por um parceiro infectado pelo vírus HIV.

A medida já havia sido aprovada pelo parlamento do país no último dia 20 de dezembro.

"Muito assustado"

Um ativista dos direitos gays de Uganda disse estar “muito assustado” com a aprovação da medida.

“Eu não vou nem trabalhar hoje (segunda-feira). Estou trancado dentro de casa. Não sei o que irá acontecer agora. Estou falando com todos os ativistas ao telephone. E é a mesma coisa: todos estão trancados em suas casas. Eles não podem se mover. Eles estão olhando para ver o que acontecerá”, afirmou à BBC.

Defensores dos direitos humanos e governos ocidentais, especialmente os Estados Unidos, criticaram a lei.

*Com BBC e AP