terça-feira, 17 de março de 2015

MATERIAL DE ESTUDO 3º ANO EM: IDH E POPULAÇÃO DO BRASIL


O que é IDH:

IDH significa Índice de Desenvolvimento Humano, uma medida importante concebida pela ONU(Organização das Nações Unidas) para avaliar aqualidade de vida e o desenvolvimento econômico de uma população.

Anualmente é elaborado o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com base em três pilares (Saúde, Educação e Renda) que são medidos da seguinte forma:
Uma vida longa e saudável (Saúde): expectativa de vida ao nascer
O acesso ao conhecimento (Educação): média de anos de estudo (adultos) e anos esperados de escolaridade (crianças)
Um padrão de vida decente (Renda): medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) com base na Paridade de Poder de Compra (PPC) por habitante

O IDH varia entre 0 (nenhum desenvolvimento humano) e 1 (desenvolvimento humano total), revelando que quanto maior a proximidade de 1, mais desenvolvido é o país. A média mundial dos 187 países avaliados em 2011 foi de 0,682. Segue abaixo uma lista dos primeiros 10 países no Ranking do IDH Global 2011:

1º - Noruega - 0,943
2º - Austrália - 0,929
3º - Holanda - 0,910
4º - Estados Unidos - 0,910
5º - Nova Zelândia - 0,908
6º - Canadá - 0,908
7º - Irlanda - 0,908
8º - Liechtenstein - 0,905
9º - Alemanha - 0,905
10º - Suécia - 0,904

É importante salientar que nesse ano o Brasil ocupou a 84ª posição com um IDH de 0,718, tendo subido uma posição em comparação com 2010. O país com menor IDH (0,286) foi a República Democrática do Congo.
IDH dos Estados Brasileiros

Nesse sentido, o ranking nacional está de acordo com o modelo e dados divulgados em 2008 pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento):

1° - Distrito Federal – 0,874
2° - Santa Catarina – 0,840
3° - São Paulo – 0,833
4° - Rio de Janeiro – 0,832
5° - Rio Grande do Sul – 0,832
6° - Paraná – 0,820
7° - Espírito Santo – 0,802
8° - Mato Grosso do Sul – 0,802
9° - Goiás – 0,800
10° - Minas Gerais – 0,800
11° - Mato Grosso – 0,796
12° - Amapá – 0,780
13° - Amazonas – 0,780
14° - Rondônia – 0,756
15° - Tocantins – 0,756
16° - Pará – 0,755
17° - Acre – 0,751
18° - Roraima – 0,750
19° - Bahia – 0,742
20° - Sergipe – 0,742
21° - Rio Grande do Norte – 0,738
22° - Ceará – 0,723
23° - Pernambuco – 0,718
24° - Paraíba – 0,718
25° - Piauí – 0,703
26° - Maranhão – 0,683
27° - Alagoas – 0,677
IDH dos Municípios Brasileiros

De acordo com o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil 2003 (Censo 2000)

1º - São Caetano do Sul - São Paulo - 0,919
2º - Águas de São Pedro - São Paulo - 0,908
3º - Niterói - Rio de Janeiro - 0,886
4º - Florianópolis - Santa Catarina - 0,875
5º - Santos - São Paulo - 0,871
6º - Bento Gonçalves - Rio Grande do Sul - 0,870
7º - Balneário Camboriú - Santa Catarina - 0,867
8º - Joaçaba - Santa Catarina - 0,866
9º - Porto Alegre - Rio Grande do Sul - 0,865
10º - Fernando de Noronha - Pernambuco - 0,862

POPULAÇÃO E SUA ESTRUTURA

Resumo: nesse capítulo será mostrado como está estruturada uma população, e como os indicadores econômicos podem ajudar aonde é preciso o governo dar mais atenção.

O estudo da estrutura da população pode ser dividida em três categorias:

Número, sexo e idade dos habitantes;

Distribuição da população economicamente ativa;

Distribuição da renda;

A pirâmide de idades

A pirâmide de idades é um gráfico quantitativo que expressa o numero de habitantes, sua distribuição por sexo e por idade.

Sua simples visualização nos permite tirar algumas conclusões referentes a taxa de natalidade e a expectativa ou esperança de vida da população. A base larga indica que nasce muita gente, ou seja, que a taxa de natalidade é alta. O topo estreito indica uma pequena participação percentual de idosos no conjunto total da população. Alta taxa de natalidade e baixa expectativa de vida são característica do subdesenvolvimento. Ao contrario, se a pirâmide apresentar certa proporcionalidade, da base ao topo, podemos concluir que a população recenseada apresenta baixa taxa de natalidade e alta expectativa de vida, que são característica de desenvolvimento econômico e social.

Quando observamos uma pirâmide de idades, é necessário ter em mente, ainda, a historia da população recenseada para que se conheça a causa de alguma aparente anomalia no gráfico.

Se um país ou região qualquer passar por um período em que ocorra grande entrada ou saída de pessoas, a forma da pirâmide também se altera.


A PEA e os setores de atividades econômicas

É considerada população economicamente ativa apenas a parcela dos trabalhadores que fazem parte da economia formal, ou seja, que possuem carteira de trabalho registrada ou exercem profissão liberal, participando do sistema de arrecadação de impostos. Quando os índices de desemprego se elevam, há uma tendência geral de rebaixamento dos salários, decorrentes da maior oferta de mão-de-obra disponível no mercado. Ao contrario, em situações de crescimento econômico associado a maior oferta de postos de trabalhos, há uma tendência geral de aumento salarial.

Os dados censitários de população não-ativa, além dos jovens e dos aposentados, costumam incluir também os trabalhadores subempregados. Assim, nos países desenvolvidos, onde os índices de subemprego são normalmente baixos, o percentual da PEA no conjunto total da população está muito próximo da realidade do mercado de trabalho e situa-se em índices que beiram os 50%.

Nos países subdesenvolvidos, onde os índices de subempregos costumam ser muito elevado, o percentual da PEA no conjunto total da população tende a ser mais baixo que a quantidade de pessoas que tem rendimentos.

A população que trabalha, dedica-se a um dos três setores de atividades que compõem a economia: primário, secundário e terciário. No setor primário, as mercadorias produzidas não sofrem alteração e são comercializadas sem passar por nenhum estagio de transformação. No setor secundário, as mercadorias são transformadas ou seja, industrializadas antes de ser comercializadas. Já no setor terciário, não se produzem mercadorias, mas prestam-se serviços em hospitais, escolas, repartições publicas, transportes, energia, comunicações e no comercio.

A divisão dos trabalhadores pelos setores de atividades econômicas nos permite chegar a importantes conclusões sobre a economia de países. Se um numero de pessoas que trabalham no setor primário for elevado, isso indica que a produtividade do setor é baixa. Por outro lado, se o numero for baixo, a produtividade no setor é alta. Podemos afirmar, portanto, que essa região apresenta um setor primário bastante capitalizado, com utilização intensa de adubos, fertilizantes, sistemas de irrigação e mecanização, o que, ao ampliar a produtividade, permite que se utilize um pequeno percentual da PEA no setor. Nos países desenvolvidos, de 3 a 10% da PEA trabalha em atividades primarias.

O índice do setor secundário não reflete a produtividade e o tipo de industria recenseada. Mas, se o setor primário é de alta produtividade, isso indica que a industria do país também predominantemente moderna, já que é ela quem fábrica os adubos, fertilizantes, sistemas de irrigação, máquinas e tratores.

Os países que apresentam elevado padrão de produção industrial ocupam cerca de 20% da PEA no setor secundário da economia.

É o setor terciário, que detém a maior parte da renda nacional e quem trabalha o maior numero de pessoas, já que por ele circulam todas as mercadorias produzidas nos setores primários e secundários da economia. É comum o número do setor estarem acima de 50% da PEA. Nos países subdesenvolvidos, há que se considerar os indicadores de população subempregada vivendo a margem da economia formal e carente de serviços básico, como educação e saúde.


Tradicionalmente, é comum classificarem as atividades secundarias e terciárias como essencialmente rurais. Porém, ante a modernização dos sistemas de transportes e de comunicações ampliaram-se as possibilidades de industrialização do campo e ruralização das atividades tipicamente urbanas, fazendo crescer substancialmente o numero de trabalhadores agrícolas que residem nas cidades.

Distribuição da renda

É na analise da distribuição da renda que se completa o estudo da estrutura da população e suas possibilidades de aplicação ao planejamento. Se o planejamento governamental não considerar a distribuição da nacional, sua política de educação, saúde, habitação, transporte, abastecimento, lazer, estará condenada ao fracasso. Da parte da iniciativa privada, o planejamento de atendimento a demanda de mercado tem, necessariamente, de levar em conta não apenas o numero, sexo e idade das pessoas, mas principalmente, de levar seu poder aquisitivo.

Há basicamente dois fatores que explicam a concentração de renda: o sistema tributário e a inflação, nunca repassada integralmente aos salários. Se os preços das mercadorias subirem e sem que esse índice seja repassado aos salários, aumentam a taxa de lucro do empresário e diminui o poder aquisitivo dos assalariados.

O sistema tributário corresponde a forma como são arrecadados os impostos em um país. Há dois tipos de impostos: o direto e o indireto. O imposto direto é aquele que recai diretamente sobre a renda ou sobre a propriedade dos cidadãos.

Já os impostos indiretos são inseridos no preço das mercadorias que a população consome em seu cotidiano. Podem ser considerados injustos quando assumem proporções elevadas, já que é cobrado sempre o mesmo valor do consumidor, não importando a sua faixa de renda.

É, portanto, um imposto que pesa mais no bolso de quem ganha menos, já que não há possibilidade de aplicar a progressividade na arrecadação e, portanto, de distribuir a renda.

A carga de impostos indireto é elevada, os serviço públicos são muito precários e, portanto, não criam oportunidades de a classe baixa ascender profissionalmente.

Atualmente, com a globalização da economia, a situação dos trabalhadores assalariados está se deteriorando. Intensifica-se a transferência de empresas, para países onde os salários são mais baixos e a legislação trabalhista mais flexível. Assim, os assalariados tem uma participação menor na renda nacional auferida e podem ser despedidos sem encargos para as empresas.

Acrescente-se a isso o desemprego estrutural, verificado em países cujas empresas investem em informação e robótica, que tende a fragilizar a ação dos sindicatos e diminuir a força dos empregados em processo de negócios salarial. Conclui-se que há a necessidade urgente de combate ao desemprego mundial.

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