sexta-feira, 25 de outubro de 2013

1ª ano - HISTORIA - Império Árabe - Islamismo e as Cruzadas


Introdução

O Império Árabe teve sua formação a partir da origem do islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé. Antes disso, a Arábia era composta por povos semitas que, até o século VII, viviam em diferentes tribos. Apesar de falarem a mesma língua, estes povos possuíam diferentes estilos de vida e de crenças.

Arabia pré-islâmica
Os beduínos eram nômades e levavam uma vida difícil no deserto, utilizando como meio de sobrevivência o camelo, animal do qual retiravam seu alimento (leite e carne) e vestimentas (feitas com o pêlo). Com suas caravanas, praticavam o comércio de vários produtos pelas cidades da região. Já as tribos coraixitas, habitavam a região litorânea e viviam do comércio fixo.

Expansão do islamismo e a formação do império
Foi após a morte do profeta, em 632, que a Arábia foi unificada. A partir desta união, impulsionada pela doutrina religiosa islamita, foi iniciada a expansão do império árabe. Os árabes foram liderados por um califa, espécie de chefe político, militar e religioso.
Os seguidores do alcorão, livro sagrado, acreditavam que deveriam converter todos ao islamismo através da Guerra Santa. Firmes nesta crença, eles expandiram sua religião ao Iêmen, Pérsia, Síria, Omã, Egito e Palestina. Em 711, dominaram grande parte da península ibérica, espalhando sua cultura pela região da Espanha e Portugal. Em 732, foram vencidos pelos francos, que barraram a expansão deste povo pelo norte da Europa. Aos poucos, novas dinastias foram surgindo e o império foi perdendo grande parte de seu poder e força.

Expansão da cultura árabe
Durante o período de conquistas, ampliaram seu conhecimento através da absorção das culturas de outros povos, levando-as adiante a cada nova conquista. Foram eles que espalharam pela Europa grandes nomes como o de Aristóteles e também outros nomes da antiguidade grega. Eles fizeram ainda importantes avanços e descobertas médicas e cientificas que contribuíram com o desenvolvimento do mundo ocidental.
No campo cultural, artístico e literário deixaram grandes contribuições. A cultura árabe caracterizou-se pela construção de maravilhosos palácios e mesquitas. Destacam-se, nestas construções, os arabescos para ilustração e decoração. A literatura também teve um grande valor, com obras até hoje conhecidas no Ocidente, tais como: As mil e uma noites, As minas do rei Salomão e Ali Babá e os quarenta ladrões.

ATIVIDADES ISLÃ

1) Leia as afirmações abaixo sobre o Alcorão;

I. O Alcorão foi escrito por Alá e contém as bases da religião islâmica.
II. Pode se dizer que o Alcorão é um documento histórico, pois traz informações sobre a formação do islamismo.
III. Há nas páginas do Alcorão um claro incentivo aos ataques de homens-bomba.

Estão corretas:

a) Somente a I está correta.
b) Somente a II está correta.
c) Somente a III está correta.
d) Somente a I e II estão corretas.
e) Todas estão corretas.

2) Sobre a relação entre Oriente e Ocidente no presente, marque a CORRETA:
a) Hoje o Oriente vem recebendo grande atenção por parte da TV, o que pôs fim ao preconceito contra aquela região.
b) As diferenças entre orientais e ocidentais apareceram somente nos últimos anos graças ao aumento das informações.
c) Apesar de termos mais informações sobre o Oriente ainda há muitas dificuldades para entendermos a realidade daqueles povos.
d) As diferenças religiosas são pequenas, mas as culturas de Oriente e Ocidente ainda são bem diferentes.

3) Sobre o território onde surgiu o islamismo, marque a alternativa CERTA:
a) O islamismo surgiu na Arábia, região marcada pelas várias inundações do rio Nilo.
b) O islamismo teve origem em Portugal, após a expansão do povo do Oriente.
c) O islamismo surgiu na Arábia e lá permaneceu isolado até pouco tempo atrás.
d) O islamismo surgiu na Pérsia, sendo seus seguidores perseguidos pelos romanos.
e) O islamismo surgiu na Arábia, uma região com clima seco e grandes desertos.

4) Sobre as tribos existentes antes da origem do islamismo, marque a única alternativa ERRADA:
a) As tribos do litoral e do deserto sempre se uniam para enfrentar os estrangeiros.
b) Algumas das tribos se dedicavam ao comércio para sobreviver.
c) Os assaltos às caravanas de comerciantes eram comuns entre as tribos.
d) Havia uma constante rivalidade entre as tribos do deserto e as do litoral.

5) Leia as afirmações abaixo:
I. Antes da origem do islamismo, faltava uma unidade política para as tribos do Oriente;
II. A guerra santa foi fundamental para o islamismo se espalhar tanto pelo mundo.
III. O islamismo serviu para desunir ainda mais as tribos rivais, gerando novas guerras.

Estão corretas:
a) Somente a I está correta.
b) Somente I e III estão corretas.
c) Somente II e III estão corretas.
d) Somente I e II estão corretas.
e) Todas estão corretas.


Islamismo
Introdução

A religião muçulmana tem crescido nos últimos anos (atualmente é a segunda maior do mundo) e está presente em todos os continentes. Porém, a maior parte de seguidores do islamismo encontra-se nos países árabes do Oriente Médio e do norte da África. Assim como as religiões cristãs, a religião muçulmana é monoteísta, ou seja, crê na existência de apenas um deus, Alá ou Allah (palavra para designar Deus em árabe).
Criada pelo profeta Maomé, a doutrina muçulmana encontra-se no livro sagrado, o Alcorão ou Corão. Foi fundada na região da atual Arábia Saudita.

Vida do profeta Maomé
Muhammad (Maomé) era da tribo de coraich e nasceu na cidade de Meca no ano de 570. Filho de uma família de comerciantes, passou parte da juventude viajando com os pais e conhecendo diferentes culturas e religiões. Aos 40 anos de idade, de acordo com a tradição, recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe transmitiu a existência de um único Deus. A partir deste momento, começa sua fase de pregação da doutrina monoteísta, porém encontra grande resistência e oposição. As tribos árabes seguiam até então uma religião politeísta, com a existência de vários deuses tribais.
Maomé começou a ser perseguido e teve que emigrar para a cidade de Medina no ano de 622. Este acontecimento é conhecido como Hégira e marca o início do calendário muçulmano.
Em Medina, Maomé é bem acolhido e reconhecido como líder religioso. Consegue unificar e estabelecer a paz entre as tribos árabes e implanta a religião monoteísta. Ao retornar para Meca, consegue implantar a religião muçulmana que passa a ser aceita e começa a se expandir pela península Arábica.
Reconhecido como líder religioso e profeta, faleceu no ano de 632. Porém, a religião continuou crescendo após sua morte.

Livros Sagrados e doutrinas religiosas
O Alcorão ou Corão é um livro sagrado que reúne as revelações que o profeta Maomé recebeu do anjo Gabriel. Este livro é dividido em 114 capítulos (suras). Entre tantos ensinamentos contidos, destacam-se: onipotência de Deus (Alá), importância de praticar a bondade, generosidade e justiça no relacionamento social. O Alcorão também registra tradições religiosas, passagens do Antigo Testamento judaico e cristão.
Os muçulmanos acreditam na vida após a morte e no Juízo Final, com a ressurreição de todos os mortos.
A outra fonte religiosa dos muçulmanos é a Suna que reúne os dizeres e feitos do profeta Maomé.

Preceitos religiosos
A Sharia define as práticas de vida dos muçulmanos, com relação ao comportamento, atitudes e alimentação. De acordo com a Sharia, todo muçulmano deve seguir cinco princípios:

- Aceitar Deus como único e Muhammad (Maomé) como seu profeta;
- Dar esmola (Zakat) de no mínimo 2,5% de seus rendimentos para os necessitados;
- Fazer a peregrinação à cidade de Meca pelo menos uma vez na vida, desde que para isso possua recursos;
- Realização diária das orações;
- Jejuar no mês de Ramadã com objetivo de desenvolver a paciência e a reflexão.

Locais sagrados

Para os muçulmanos, existem três locais sagrados: A cidade de Meca, onde fica a pedra negra, também conhecida como Caaba. A cidade de Medina, local onde Maomé construiu a primeira Mesquita (templo religioso dos muçulmanos). A cidade de Jerusalém, cidade onde o profeta subiu ao céu e foi ao paraíso para encontrar com Moises e Jesus.

Divisões do Islamismo
Os seguidores da religião muçulmana se dividem em dois grupos principais : sunitas e xiitas. Aproximadamente 85% dos muçulmanos do mundo fazem parte do grupo sunita. De acordo com os sunitas, a autoridade espiritual pertence a toda comunidade. Os xiitas também possuem sua própria interpretação da Sharia.


Atividades sobre Expansão Árabe e Islamismo

1 - “O islamismo é a religião fundada pelo profeta Mohammad no início do século VII, na região da Arábia. O Islã é o conjunto dos povos de civilização islâmica, que professam o islamismo; em resumo, é o mundo dos seguidores dessa religião. O muçulmano é o seguidor da fé islâmica, também chamado por alguns de islamita. O termo maometano às vezes é usado para se referir ao muçulmano, mas muitos rejeitam essa expressão - afinal, a religião seria de devoção a Deus, e não ao profeta Mohammad.” Gilberto Cotrim

Com base no texto assinale a verdadeira:
a) Os muçulmanos não são obrigatoriamente árabes.
b) As raízes do islamismo são contrastantes com as origens do cristianismo e judaísmo.
c) Os muçulmanos acreditam num Deus diferente dos cristãos e judeus.
d) Os muçulmanos praticam uma religião violenta e muitas vezes extremista.


2 – “Em árabe, Islã significa "rendição" ou "submissão" e se refere à obrigação do muçulmano de seguir a vontade de Deus. O termo está ligado a outra palavra árabe, salam, que significa "paz" - o que reforça o caráter pacífico e tolerante da fé islâmica. O termo surgiu por obra do fundador do islamismo, o profeta Maomé, que dedicou a vida à tentativa de promover a paz em sua Arábia natal.” Claudio Recco
Leia com atenção:
I. Assim como as duas outras grandes religiões monoteístas – o Judaísmo e o Cristianismo, as raízes do Islamismo vêm do profeta Abraão. O profeta Mohammod, fundador do islamismo, seria descendente do primeiro filho de Abraão, Ismael. Moisés e Jesus seriam descendentes do filho mais novo de Abraão, Isaac. Abraão, o patriarca do judaísmo, estabeleceu as bases do que hoje é a cidade de Meca e construiu a Caaba - todos os muçulmanos se voltam a ela quando realizam suas orações.
II . Alá é simplesmente a palavra árabe para "Deus". A aceitação de um Deus único é idêntica à de judeus e cristãos. Deus tem o mesmo nome no judaísmo, no cristianismo e no islamismo, e Alá é o mesmo Deus adorado pelos judeus, cristãos e muçulmanos.
III . Uma pessoa se torna muçulmana quando proferir, em árabe e diante de uma testemunha, que "não há divindade além de Deus, e Mohammad é o Mensageiro de Deus". O processo de conversão extremamente simples é apontado como um dos motivos para a rápida expansão do islamismo pelo mundo. .
IV . Uma minoria entre os cerca de 1,3 bilhão de praticantes da religião é adepta de interpretações radicais dos ensinamentos de Maomé. Entre eles, a violência contra outros povos e religiões é considerada uma forma de garantir a sobrevivência do Islã em seu estado puro. Para a maioria dos seguidores do islamismo, contudo, a religião muçulmana é de paz e tolerância.

Estão corretas:
a) I, II e III
b) II, III e IV
c) I, III e IV
d) I, II, III e IV
e) II e IV


3 - “Os hábitos estão integrados às culturas, não necessariamente à religião.”
A partir da afirmação acima pode-se aferir, EXCETO:
a) A base da religião muçulmana não determina qualquer tipo de discriminação grave contra a mulher.
b) As interpretações radicais das escrituras deram origem a casos brutais de opressão contra a mulher .
c) Nos países que seguem com rigor a Sharia, e têm tradições contrárias à libertação da mulher é comum a opressão às mulheres.
d) O problema da opressão à mulher muçulmana é causado pela crença islâmica em si que impõe várias restrições às mulheres.


4 - O islamismo, religião fundada por Mohammad e de grande importância para unidade árabe, tem como fundamento:

a) o monoteísmo, influência do cristianismo e do judaísmo, observado por Mohammad entre os povos que seguiram essas religiões;
b) o culto aos santos e profetas através de imagens e ídolos.
c) o politeísmo, isto é, a crença em muitos deuses dos quais o principal é Mohammmad.
d) o princípio da aceitação dos desígnios de Alá em vida e a negação de uma vida pós-morte.
e) a concepção do islamismo vinculado exclusivamente aos árabes, não podendo ser professado pelos povos inferiores.

5 - Os movimentos fundamentalistas, que tudo querem subordinar à lei islâmica (Sharia), são hoje muito ativos em vários países da África, do Oriente Médio e da Ásia. Eles tiveram sua origem histórica:

a) no desenvolvimento do islamismo, durante a Antiguidade na Península Arábica, quando Mao Tsé Tung iniciou o movimento através dos escritos do livro sagrado: “Alcorão”.
b) na expansão da civilização árabe durante a Idade Média, quando o islamismo, unificou os povos árabes e foi a justificativa religiosa para a ampliação dos territórios e a formação de vários reinos árabes-islâmicos no oriente e no ocidente.
c) durante a transição do feudalismo para o capitalismo, depois que o papa Urbano II iniciou o movimento cruzadista a fim de conter o avanço islâmico para o ocidente.
d) no estabelecimento do império Turco-Otomano, com base em Istambul, durante a Idade Moderna.
e) na ocupação do mundo árabe pelos europeus, entre a segunda metade do século XIX e a primeira do século XX.

O que foram as Cruzadas.



Elas foram expedições militares organizadas entre 1095 e 1291 pelas potências cristãs européias, com o objetivo declarado de combater o domínio islâmico na chamada Terra Santa, reconquistando Jerusalém e outros lugares por onde Jesus teria passado em vida. A empreitada constituía uma mistura de guerra, peregrinação e penitência: os guerreiros cruzados, conhecidos também como "peregrinos penitentes", acreditavam que seus pecados seriam perdoados caso completassem a jornada e cumprissem a missão divina de libertar locais sagrados, como a Igreja do Santo Sepulcro. Esses cavaleiros e soldados tinham como símbolo a cruz, bordada no manto que usavam - daí o nome com que ficaram conhecidos. Seus motivos não eram, porém, exclusivamente religiosos. Mercadores emergentes viram nas Cruzadas uma oportunidade de ampliar seus negócios, abrindo novos mercados e obtendo lucro ao abastecer os exércitos que atravessavam a Europa a caminho do Oriente.

Outro objetivo era unificar as forças da cristandade ocidental, divididas por guerras internas, e concentrar suas energias contra um inimigo comum, os chamados "infiéis muçulmanos". Nesse período de quase dois séculos, oito Cruzadas foram lançadas, embora duas delas jamais tenham chegado a Jerusalém. A Quarta desviou-se do seu objetivo original para atacar os cristãos ortodoxos de Constantinopla - que não reconheciam a autoridade do papa -, saqueando a cidade no ano de 1203. Já a Quinta conseguiu conquistar partes do Egito, mas bateu em retirada sob a pressão do inimigo antes de atingir a Palestina.

PRIMEIRA CRUZADA (1096-1099)

O movimento foi instigado pelo papa Urbano II, que, no Concílio de Clermont (1095), pediu a ação de líderes cristãos para afastar o perigo muçulmano. Sem esperar uma segunda ordem, camponeses, religiosos e aventureiros partiram da França numa expedição improvisada que terminou em fracasso. Enquanto isso, a Cruzada "oficial", formada por quatro grupos seguindo rotas diferentes, chegou a Constantinopla, de onde marchou para Jerusalém, conquistada em julho de 1099.

SEGUNDA CRUZADA (1147-1149)

Conflitos constantes entre as várias colônias cristãs instaladas no Oriente levaram o papa Eugênio III a lançar uma nova Cruzada para restaurar a ordem na região. Mas mudanças políticas no mundo islâmico permitem ao príncipe Saladino, um de seus maiores líderes, unificar a Síria e o Egito sob domínio turco, reforçando sua posição militar. Em 1187, os muçulmanos retomaram Jerusalém e cerca de 16 000 cristãos foram vendidos como escravos.

TERCEIRA CRUZADA (1189-1192)

Com a Europa frustrada pela perda de Jerusalém, o papa Clemente III organiza a campanha para reconquistar a cidade. Vários ataques são lançados, sem sucesso. Em 1191, os reis cristãos que lideravam a expedição negociam um acordo com o inimigo: Jerusalém permanece sob domínio turco, mas os cristãos têm acesso ao Santo Sepulcro.

QUARTA CRUZADA (1202-1204)

Desde que se tornou papa, em 1198, Inocêncio III pregava uma nova Cruzada para recuperar Jerusalém. Mas a expedição que partiu de Veneza em 1202 tinha como objetivo principal atacar Constantinopla, que - depois de aderir à Igreja Ortodoxa - já não reconhecia a autoridade papal. Constantinopla foi ocupada e saqueada pelos cruzados em 1203. Mas eles foram expulsos da cidade no ano seguinte.

QUINTA CRUZADA (1218-1221)

Atacar o Egito era cogitado desde a Terceira Cruzada, para conquistar posições que pudessem ser barganhadas com os muçulmanos em troca da devolução de Jerusalém. Assim, a Quinta Cruzada concentrou-se em tomar o porto egípcio de Damietta, em 1219. Mas a falta de reforços obriga os cruzados a desocupar a cidade. E a missão fracassa.

SEXTA CRUZADA (1228-1229)

Em 1228, Frederico II, imperador da Alemanha, chegou à Terra Santa e, por casamento, tornou-se rei de Jerusalém, negociando a recuperação do controle sobre a cidade. Mas novos conflitos internos enfraqueceram os cruzados, que, em 1243, foram expulsos da região. No ano seguinte, os turcos voltaram a tomar Jerusalém.

GUERREIRO CRUZADO

Sua proteção era a cota de malha, vestimenta feita com pequenas argolas de metal encadeadas, que demorava cinco anos para ser confeccionada e pesava mais de 10 quilos, cobrindo o peito, as costas e os braços. O capacete tinha uma viseira removível. O escudo trazia a cruz, que também enfeitava o manto de tecido branco usado sobre a cota de malha. Sua principal arma era a espada, eventualmente empunhada com as duas mãos.

SÉTIMA CRUZADA (1248-1254)

Liderada por Luís IX, rei da França, que, mais tarde, seria canonizado como São Luís, a expedição buscava retomar os ideais religiosos da Primeira Cruzada. Permaneceu quatro anos na Síria, mas sem sucesso. Em 1268, o sultão Baibars, que conseguira reunificar a Síria e o Egito, expulsou mais uma vez os cruzados da Terra Santa.

GUERREIRO MUÇULMANO

Sua cota de malha era mais leve que as dos cruzados, dando maior mobilidade. A cabeça era protegida por um capacete pequeno e sua espada - a famosa cimitarra - possuía lâmina curva, facilitando o manuseio a cavalo. Arqueiros de grande habilidade, disparavam flechas certeiras mesmo sobre montarias a galope. Outra arma característica era a maça, bloco de ferro com pontas aguçadas, preso a um cabo de madeira ou a uma corrente.

OITAVA CRUZADA (1270-1291)

Luís IX, preso pelos muçulmanos, foi libertado depois de pagar resgate e, em 1270, desembarcou em Cartago (Túnis). Ali, o sultão local prometeu converter-se e ajudar os franceses. Em vez disso, ele voltou-se contra os cristãos, que tiveram sua posição enfraquecida com a morte de Luís IX no mesmo ano. Em 1291, o reino franco deixa de existir no Oriente.





O Islã






ATIVIDADES

Questões sobre as Cruzadas (respostas no final da página)

1. Qual das alternativas abaixo define melhor o que foram as Cruzadas Medievais?

A - Foram organizações comerciais com objetivo de expandir o comércio entre Ocidente e Oriente na Idade Média.

B - Foram expedições militares europeias, organizada pelos cristãos, que tinha como objetivo principal a conquista de todo continente asiático e africano.

C - Foram organizações de caráter cultural e artístico que tinha como objetivo promover a cultura ocidental cristã na região do Oriente Médio.

D - Foram expedições militares ocidentais (europeias) de inspiração cristã enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém, que havia sido tomada pelos muçulmanos no século XI.

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2. Qual das alternativas abaixo faz referência ao período inicial das Cruzadas?

A - Em 1095, o papa Urbano II, convocou um grande número de fiéis para lutarem pela libertação da Terra Santa.

B - O rei da França Luis IX organizou uma Cruzada em 1270 para converter o emir da região norte da África.

C - No século XIII, as cruzadas estimularam o comércio, fato que colaborou para a crise do feudalismo na Europa.

D - No século XI, o papa Urbano II conseguiu estabelecer um tratado de paz com os muçulmanos e conseguiu, sem conflitos militares, reconquistar Jerusalém.

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3. Qual das alternativas abaixo aponta uma das principais consequências economicas das Cruzadas?

A - O fortalecimento do modo de produção feudal.

B - O renascimento comercial na Europa.

C - A crise do capitalismo em toda a Europa.

D - O início e processo de industrialização na Europa.

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4. Qual a principal consequência das Cruzadas do ponto de visa religioso?

A - A paz religiosa entre todas as religiões da Europa, Ásia e África durante toda Idade Média.

B - A conversão de grande parte da população europeia ao islamismo.

C - O aumento das tensões entre cristãos e muçulmanos na Baixa Idade Média.

D - O surgimento de novas religiões cristãs, entre elas as protestantes.

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5. Do ponto de vista cultural, as Cruzadas favoreceram a:

A - Criação de obras de arte que valorizavam a cultura islâmica na Europa.

B - Valorização das artes plásticas cujos artistas passaram a criticar a Igreja Católica através de suas pinturas e esculturas.

C - Criação de escolas de artes na Europa, administradas por professores de origem árabe.

D - Literatura conhecida como contos de cavalaria, que relatava os feitos heroicos e conflitos militares entre cristãos e muçulmanos durante as Cruzadas.

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