quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Material 8º ano - Grandes Descobrimentos e a América Pré-Colombiana
Introdução
Quando Colombo chegou à América, em 1492, encontrou o continente habitado há muito tempo por várias civilizações e povos. Os povos pré-colombianos apresentavam diferentes estágios de desenvolvimento cultural e material, classificados em: sociedades de coletores/caçadores e sociedades agrárias. Dentro desse segundo grupo, três culturas merecem maior destaque: os maias e os astecas, no México e América Central, e os incas na Cordilheira dos Andes, na América do Sul. Alcançaram notáveis conhecimentos de astronomia e matemática, além de dominar técnicas complexas de construção, metalurgia e cerâmica. Não conheciam a roda e o cavalo, mas desenvolveram técnicas eficientes de agricultura. Enquanto o fim da cultura maia é até hoje um mistério, sabemos que os povos astecas e incas decaíram perante à conquista espanhola.
A Burguesia foi a classe social que, no regime capitalista, teve a propriedade dos meios de produção e o poder econômico. Os reis fizeram um acordo com a Burguesia, mesmo assim houve muitas guerras. A guerra dos 100 anos, de 1337 à 1453, guerra entre a Inglaterra e a França. A guerra já estava quase ganha pela Inglaterra, quando Joana D’ arc ( heroína francesa ) notabilizou-se quando comandando um pequeno contigente de soldados franceses, derrotou os exércitos ingleses, correspondendo à tarefa que lhe havia sido confiada pelo rei Carlos VII. Posteriormente foi aprisionada pelos borguinhões, vendida aos ingleses e queimada em fogueira.
Em 1453 deu inicio a idade moderna que só terminaria em 1779. Os portugueses e espanhóis traziam das Índias a especiaria que é uma flor, um fruto, uma semente, uma casca ou um caule de planta, secos e com um forte aroma característico. Uma carga de especiaria era trocada por oito cargas de produto europeu, portanto quem fizesse esse comércio iria se tornar o país mais rico do mundo. Em 1942 os reis da Espanha bancaram a viagem de Cristóvão Colombo, com o objetivo de chegar as Índias, chegando em uma terra ele pensou que estava nas Índias, daí chamou os seus habitantes de índios, e na verdade tinha chegado a América, mais tarde Américo vespúcio corrigiu o erro, e a terra recebeu o nome de América em sua homenagem.
Os primeiros habitantes do continente foram os índios, que encontravam-se nos mais diferentes estágios de cultura. O contato dos colonizadores com os indígenas foi desastroso. Muitas tribos foram dizimadas e algumas civilizações em alto grau de desenvolvimento, destruídas.
Na América Pré-Colombiana os principais povos indígenas eram : os Incas, os Astecas e os Maias.
Os Incas
O território inca se estendia ao longo da Cordilheira dos Andes e incluía terras hoje pertencentes à Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Argentina e Chile. Os Incas constituíam um vasto império, integrado por povos de diferentes culturas, localizadas nas mais variadas regiões geográficas : a costa, as serras e as selvas. A maior parte da população concentrava-se nos vales férteis. No império Inca viviam 15 milhões de pessoas. A capital dos Incas era Cuzco no templo do sol. Todos os anos é feita uma festa do sol, chamada de INTIRAYMI, no Peru em Junho.
Os Astecas e os Maias
Os Astecas habitavam as terras do atual México ; os Maias habitavam a região onde hoje estão a Guatemala, parte de Honduras, El Salvador, Belize e a Península de Iucatã, no México. A organização política, econômica e social desses dois povos apresentava inúmeras semelhanças. Eram povos que tinham uma economia de base agrária, com aperfeiçoadas técnicas de produção, incluindo o uso de adubos e a construção de barragens e canais de irrigação. Eles trabalhavam em coletividade.
A principal diferença entre os Astecas e os Maias diz respeito à organização política. Enquanto os Astecas viviam submetidos a uma monarquia, exercida pelo chefe dos guerreiros, os Maias nem chegaram a construir um estado que abrangesse toda a sociedade.
Os astecas, maias e incas
Maias
As cidades maias
A civilização maia organizou-se como uma federação de cidades-estado e atingiu seu apogeu no século IV. Nesta época, começou a expansão maia, a partir das cidades de Uaxactún e Tikal. Os maias fundaram Palenque, Piedras Negras e Copán. Entre os séculos X e XII, destacou-se a Liga de Mayapán, formada pela aliança entre as cidades de Chichén Itzá, Uxmal e Mayapán. Esta tripla aliança constituiu um império, que teve sob o seu domínio outras doze cidades. O conjunto da cidade era considerado um templo. Os edifícios eram construídos com grandes blocos de pedra adornados com esculturas e altos-relevos, como os de Uaxactún e Copán.
Os ritos
Só podiam subir aos templos os sacerdotes, que formavam a classe mais culta. Os maias acreditavam descender de um totem e eram politeístas. A influência dos toltecas introduziu certas práticas cerimoniais sangrentas, pouco antes da decadência dos maias. Adoravam a natureza, em particular os animais, as plantas e as pedras. Cuidavam de seus mortos, colocando-os em urnas de cerâmica.
O calendário maia e a escrita
Os avançados conhecimentos que os maias possuíam sobre astronomia (eclipses solares e movimentos dos planetas) e matemática lhes permitiram criar um calendário cíclico de notável precisão. Na realidade, são dois
calendários sobrepostos: o tzolkin, de 260 dias, e o haab de 365. O haab era dividido em dezoito meses de vinte dias, mais cinco dias livres. Para datar os acontecimentos utilizavam a "conta curta", de 256 anos, ou então a "conta longa" que principiava no início da era maia. Além disso, determinaram com notável exatidão o ano lunar, a trajetória de Vênus e o ano solar (365, 242 dias).Inventaram um sistema de numeração com base 20 e tinham noção do número zero, ao qual atribuíram um símbolo. Os maias utilizavam uma escrita hieroglífica que ainda não foi totalmente decifrada.
A arte
A arte maia expressa-se, sobretudo, na arquitetura e na escultura. Suas monumentais construções — como a torre de Palenque, o observatório astronômico de El Caracol ou os palácios e pirâmides de Chichén Itzá, Palenque, Copán e Quiriguá — eram adornadas com elegantes esculturas, estuques e relevos. Podemos contemplar sua pintura nos grandes murais coloridos dos palácios. Utilizavam várias cores. As cenas tinham motivos religiosos ou históricos. Destacam-se os afrescos de Bonampak e Chichén Itzá. Também realizavam representações teatrais em que participavam homens e mulheres com máscaras, representando animais.
Astecas
O Império Asteca
Os astecas pagavam tributos à tribo tepaneca de Atzcapotzalco. Em 1440, a agressividade dessa tribo causou o surgimento de uma tríplice aliança entre as cidades de Tenochtitlán, Texcoco e Tlacopán, que derrotou os tepanecas e iniciou sua expansão territorial pela zona ocidental do vale do México. Sob o reinado de Montezuma I, o Velho, os astecas tornaram-se um povo temido e vitorioso, ampliando seus domínios em mais de 200 quilômetros. Axayácatl, o sucessor de Montezuma, em 1469, conquistou a cidade de Tlatetolco e o vale de Toluca.
O Império ampliou seus limites ao máximo sob o reinado de Ahuízotl, que impôs sua soberania sobre Tehuantepec, Oaxaca e parte da Guatemala. Em 1519, sob o reinado de Montezuma II, houve o primeiro encontro com os conquistadores espanhóis.
Os nobres
A sociedade asteca era rigidamente dividida. O grupo social dos pipiltin (nobreza) era formada pela família real, sacerdotes, chefes de grupos guerreiros — como os Jaguares e as Águias — e chefes dos calpulli. Podiam participar também alguns plebeus (macehualtin) que tivessem realizado algum ato extraordinário. Tomar chocolate quente era um privilégio da nobreza. O resto da população era constituída de lavradores e artesãos. Havia, também,
escravos (tlacotin).
A religião
A religião asteca era politeísta, embora tivesse poucos deuses. Os principais eram vinculados ao ciclo solar e à atividade agrícola. O deus mais venerado era Quetzalcóatl, a serpente emplumada, criador do homem, protetor da vida e da fertilidade. Os sacerdotes eram um poderoso grupo social, encarregado de orientar a educação dos nobres, fazer previsões e dirigir as cerimônias rituais. A religiosidade asteca incluía a prática de sacrifícios. O derramamento de sangue e a oferenda do coração de animais ou de seres humanos eram ritos imprescindíveis para satisfazer os deuses.
Incas
As fortalezas incas
Os edifícios incas se caracterizam pela monumentalidade e sobriedade. Suas cidades eram verdadeiras fortalezas, construídas com grandes muralhas de pedra. Os incas eram mestres em cortar e unir grandes blocos de pedra; a cidade-fortaleza de Machu Picchu é o exemplo mais espetacular dessa arte. Machu- Picchu foi descoberta em 1911, no topo de uma montanha de 2.400 m de altura, numa região inacessível da cordilheira dos Andes. Outras construções incas importantes ficam em Cuzco e Pisac. Cuzco, a capital do Império, tem uma rígida planificação urbana em forma quadriculada.
Formas de vida
A organização social inca era muito hierarquizada. No topo estava o Inca (filho do Sol), que era o imperador; depois a alta aristocracia, à qual pertenciam os sacerdotes, burocratas e os curacas (cobradores de impostos, chefes locais, juízes e comandantes militares); camadas médias, artesãos e demais militares; e finalmente camponeses e escravos. Os camponeses eram recrutados para lutar no exército, realizar as tarefas da colheita ou trabalhar na construção das cidades, segundo a vontade do Inca. A família patriarcal era a base da sociedade, mas até os casamentos dependiam da autoridade
máxima. O sistema penal era rígido e o sistema político extremamente despótico.
O trabalho agrícola
A terra era propriedade do Inca (imperador) e repartida entre seus súditos. As terras reservadas ao Inca e aos sacerdotes eram cultivadas pelos camponeses, que recebiam também terras suficientes para subsistir. A agricultura era a base da economia inca; a ela se dedicavam os habitantes plebeus das aldeias. Baseava-se no cultivo de um cereal, o milho, e um tubérculo, a batata. As técnicas agrícolas eram rudimentares, já que desconheciam o arado. Para semear utilizava um bastão pontiagudo. Os campos eram irrigados por meio de um sistema formado por diques, canais e aquedutos. Utilizava-se
como adubo o guano, esterco produzido pelas aves marinhas. Possuíam rebanhos imensos de lhamas e vicunhas, que lhes forneciam lã.
Cultura e religião
O idioma quéchua serviu de instrumento unificador do império inca. Como não tinham escrita, a cultura era transmitida oralmente. Com um conjunto de nós e barbantes coloridos, chamados quipos, os incas desenvolveram um engenhoso sistema de contabilidade. Na matemática, utilizavam o sistema numérico decimal. Os artesãos eram peritos no trabalho com o ouro. Mesmo sem conhecer o torno, alcançaram um bom domínio da cerâmica. Seus vasos tinham complicadas formas geométricas e de animais, ou uma combinação de ambas. A religião inca era uma mistura de culto à natureza (sol, terra, lua, mar e montanhas) e crenças mágicas. Os maiores templos eram dedicados ao Sol (Inti). Realizavam sacrifícios tanto de animais como de humanos.
No período anterior à chegada dos europeus, a arte de produzir objetos com metais preciosos. Mesmo levando em consideração que a arte de trabalhar os metais seja muito antiga - e tenha surgido, em todo o mundo, com técnicas semelhantes pela própria natureza dos materiais -, na América os primeiros indícios desta arte situam-se, em torno de 1200 a.C, nos Andes setentrionais: Colômbia e Equador. Também no Peru e norte do Chile foram encontradas evidências de que, em torno de 1000 a.C., já existia a fundição de metais.
Na América Central, a técnica de trabalhar metais remonta a 900 a.C. Os metais escolhidos são ouro, prata e platina, geralmente utilizados em liga de ouro e prata, cobre e estanho. As ligas mais freqüentes são o bronze e um composto de ouro e menor quantidade de cobre ou, às vezes, prata. Devido ao baixo ponto de fundição, a prata acarretou uma melhoria no acabamento dos objetos. A existência de ouro permitiu o florescimento da joalheria na cultura mochica, que habitava o Peru pré-colombiano. Existem muitas peças como o brinco mochica, que representa uma figura bicéfala com cabeças de pássaro e corpo de felino. Ele está datado entre os anos 200 e 700 d.C. e faz parte do acervo do Museu do Ouro do Peru.
Chavín de Huantar, antigo centro cerimonial da cultura Chavín (900-200 a.C.) localizado próximo de Callejón de Huaylas, na província de Huari, Peru. O estilo Chavín se caracteriza pela decoração com figuras de jaguar.
Mixtecas, povo ameríndio da família lingüística otomanque, habitante dos atuais estados mexicanos de Oaxaca, Guerrero e Puebla. A cultura mixteca floresceu no sul do México do século IX ao início do XVI e seus membros foram os artesãos mais famosos do México. Seus trabalhos em pedra e em diferentes metais nunca foram superados.
Entre os séculos XI e XII de nossa era, apoderaram-se do Monte Albán, que havia sido abandonado pelos zapotecas.
O transformaram em um cemitério, enriqueceram notavelmente seus monumentos funerários e adotaram conceitos arquitetônicos evoluídos como as gregas geométricas de pedras encaixadas que adornam os palácios. Os mixtecos influenciaram o declínio da civilização maia no sul, e permaneceram independentes dos astecas no norte. A população mixteca atual possui cerca de meio milhão de pessoas, distribuídas em 3 regiões principais: a Mixteca Alta (nas regiões frias da sierra Madre do Sul), a Mixteca Baixa (seguindo o curso do rio Atoyac) e a costa (estados de Oaxaca e Guerrero).
Geografia
Arqueólogos e historiadores agrupam as culturas pré-colombianas em zonas geográficas. A América Central, uma das regiões culturais de maior importância, corresponde aos atuais México, Belize, Guatemala, Honduras e El Salvador. Peru e Bolívia, Área Andina, constituem outra importante região cultural. A Zona Central é composta pela parte sul da América Central e norte da Venezuela, Colômbia e Equador. A Zona Periférica compreende o resto da América do Sul e as ilhas do Caribe. Apesar das diferenças culturais entre estas zonas, recentes pesquisas arqueológicas comprovaram a existência de interrelação entre elas.
Cronologia
Tradicionalmente, estabeleceu-se uma divisão cronológica de três períodos mais importantes: o Pré-Clássico ou de formação, (c. 1500 a.C.-c. 300 d.C.); o Clássico ou do florescimento (c. 300-c. 900); e o Pós-Clássico (c. 900-1540). Embora o termo clássico dê a entender que, neste período, alcançou-se o ponto máximo do desenvolvimento cultural, especialistas atuais negam a hipótese. A arte e a arquitetura de quatro civilizações pós-clássicas, a mixteca e asteca no México e a chimú e inca no Peru, são tão importantes quanto a clássica.
No período Pré-Clássico, a América era formada por clãs tribais, isolados e pequenos reinos cujas culturas se desenvolveram independentes umas das outras. Entretanto, há provas de difusão de algumas idéias religiosas e motivos visuais. A civilização olmeca, do México, e a chavín, do Peru, adoravam uma divindade felina e compartilhavam iconografia* semelhante.
Durante o período Clássico, surgiram impérios complexos onde as culturas, através do intenso comércio, eram difundidas e assimiladas com rapidez. O comércio não era importante, apenas, para o suprimento de bens. Servia, também, como meio de transmissão de idéias, técnicas e pensamentos artísticos. Apesar de muitos historiadores considerarem o Período Clássico como pacífico, estudos arqueológicos recentes demostraram que a maioria das civilizações foi guerreira. A riqueza produzida pelas guerras de conquista era utilizada na construção de cidades, centros cerimoniais, objetos funerários, e na criação de bens pessoais cada vez mais luxuosos e rituais suntuosos.
O período Pós-Clássico caracterizou-se pelas freqüentes guerras provocadas pelas pressões socio-econômicas, entre elas o aumento da população e o desenvolvimento tecnológico. As culturas e civilizações desta época são as mais bem documentadas porque os cronistas espanhóis registraram suas impressões e compilaram histórias dos povos vencidos.
Traços culturais
As civilizações pré-colombianas eram, basicamente, agrícolas. As crenças e ritos religiosos revelavam preocupação com a fertilidade da terra e produtividade das colheitas. O milho foi o principal alimento na América Central e a batata, na Área Andina. Estes dois produtos, transladados à Europa pelo conquistador espanhol, mudaram a história do velho continente, habituado a uma fome milenar. Até a relativa secularização, ocorrida no período pós-clássico, a religião desempenhou um papel fundamental na configuração e desenvolvimento da cultura pré-colombiana. Grande parte da arte e da arquitetura destes povos estava relacionada à astronomia, através da qual os ameríndios estabeleciam as épocas apropriadas para o plantio e a colheita.
Havia dois tipos de áreas urbanas. Uma, o Centro Cerimonial constituído, principalmente, de edifícios religiosos e administrativos. Acredita-se que nestes Centros, construídos ao redor de praças, moravam as autoridades seculares e religiosas com suas respectivas cortes. A maioria da população residia em pequenas fazendas, na periferia.
O outro tipo de área urbana das culturas pré-colombianas assemelha-se bastante ao que chamamos, hoje, de cidade. Ruas separavam as moradias das diferentes classes sociais e os templos e edifícios administrativos voltavam-se para a praça central. Os recentes trabalhos arqueológicos que estudam os traçados urbanos pré-colombianos esclareceram que tanto os Centros Cerimoniais, quanto as chamadas cidades, serviam, igualmente, de centros religiosos, governamentais e comerciais.
Olmecas
Povo mexicano que originou a mais antiga civilização (1500-900 a.C.) da Mesoamérica, situada nos atuais estados de Veracruz e Tabasco. A civilização Olmeca deixou estabelecidos padrões de cultura que influenciaram os séculos posteriores. Considerada cultura ‘madre’ do México, destacam-se as colossais cabeças com mais de 25 t de peso.
*Iconografia, na história da arte: O significado de uma obra se expressa, freqüentemente, por objetos ou figuras incorporados pelo artista. A iconografia identifica, classifica e explica estes objetos, bem como o significado de certas obras de arte. Diz-se, também, da documentação visual de obras de referência e/ou de caráter biográfico, geográfico e h
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